Clipping Diário

16 | Dezembro | 2025

SIDERURGIA

Jornal de Brasília - DF   16/12/2025

Com 36 anos de história, a AltoQi é a maior empresa da América Latina em soluções de software para projetos de engenharia e gestão digital da construção civil

A ArcelorMittal anuncia um novo investimento por meio do Açolab Ventures, seu fundo de Corporate Venture Capital (CVC), desta vez na catarinense AltoQi, referência nacional em softwares BIM para projetos de engenharia e gestão digital da construção. A operação envolve a aquisição de uma participação minoritária e marca a oitava investida do portfólio do fundo.

A AltoQi desenvolve soluções baseadas na metodologia BIM (Building Information Modeling), integrando dados técnicos em um ambiente digital unificado. Entre os principais softwares estão o AltoQi Eberick, voltado a projetos estruturais, o AltoQi Builder, para instalações prediais, e o AltoQi Visus, plataforma de gestão que conecta projetos, orçamento, planejamento e monitoramento de obras, apoiando decisões orientadas por dados.

O investimento está alinhado à estratégia da ArcelorMittal de incentivar o uso de tecnologia desde as fases iniciais dos projetos, impulsionando sistemas construtivos industrializados em aço e ganhos de eficiência, sustentabilidade e redução de desperdícios.

“A AltoQi conecta engenharia, dados e eficiência de um jeito que transforma a maneira como projetos são concebidos. Essa integração é decisiva para ampliarmos a oferta de soluções em aço de maior valor agregado”, afirma Rodrigo Carazolli, diretor de Transformação do Negócio da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração Brasil.

Segundo Felipe Althoff, CEO da AltoQi, “o investimento da ArcelorMittal acelera nossa estratégia de evoluir para um ecossistema de gestão digital mais integrado e eficiente”, fortalecendo a transformação da cadeia da construção.

Para Rui Gonçalves, fundador da AltoQi, “a industrialização da construção passa, necessariamente, pela digitalização dos projetos”, tornando os processos mais produtivos, escaláveis e competitivos.

CNN Brasil - SP   16/12/2025

O comissário do Comércio da União Europeia, Maros Sefcovic, afirmou que o bloco está em contato "quase permanente" com os EUA para tratar sobre o aço, em entrevista para a Bloomberg TV nesta segunda-feira (15).

Segundo ele, os dois lados negociam "o nível dos temas" relacionados a maquinário.

Na entrevista, o comissário também informou que a China começou a conceder licenças gerais para terras raras.

"Estamos recebendo relatos iniciais do nosso setor de que eles estão obtendo essas licenças gerais, mas precisamos de informações um pouco mais detalhadas para avaliar todo o processo", acrescentou.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2025

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,40% para 4,36%. A taxa está 0,14 ponto porcentual abaixo do teto da meta, de 4,50%. Há um mês, era de 4,46%. Considerando apenas as 60 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida diminuiu de 4,38% para 4,35%.

A projeção para o IPCA de 2026 caiu de 4,16% para 4,10%. Há um mês, era de 4,20%. Considerando apenas as 60 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana recuou de 4,10% para 4,06%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,4% em 2025 e 3,5% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado da reunião de dezembro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicado na última semana. No horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027, o colegiado espera que a inflação em 12 meses seja de 3,2%.

Na última decisão, o Copom manteve a Selic em 15%, pela quarta vez consecutiva. No comunicado, o colegiado afirmou que a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta. Emendou que seguirá vigilante e disse que os “passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. Isso aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, no dia 10 de julho. A autoridade monetária publicou uma carta aberta informando que espera queda da taxa abaixo de 4,50% no fim do primeiro trimestre de 2026.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,80%, pela 6ª semana consecutiva. Já a projeção para o IPCA de 2028 ficou estável em 3,50%, também pela 6ª semana seguida.
Juros

A mediana para a Selic no fim de 2026 caiu de 12,25% para 12,13%. Há um mês, estava em 12,25%. Considerando só as 49 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu de 12,13% para 12,25%.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 44ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 seguiu em 9,50%. Há um mês, estava em 10,00%.
PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu em 2,25%. Um mês antes, era de 2,16%. Considerando apenas as 37 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,25% para 2,28%.

O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também permaneceu em 1,80%. Um mês antes, era de 1,78%. Considerando só as 37 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, aumentou de 1,80% para 1,83%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 passou de 1,84% para 1,83%. Quatro semanas antes, era de 1,88%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 92ª semana seguida.
Dólar

A mediana para a cotação do dólar no fim de 2025 permaneceu em R$ 5,40, pela quarta semana consecutiva. A estimativa intermediária para o fim de 2026 permaneceu em R$ 5,50, pela nona semana seguida.

As projeções para a moeda americana no fim de 2027 e 2028 também permaneceram estáveis, em R$ 5,50, pela sétima semana consecutiva.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2025

O comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira, 10, praticamente apagou as apostas em um corte da Selic em janeiro do relatório Focus. As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que embasa o boletim, indicam que a taxa básica de juros vai permanecer em 15% na próxima reunião do colegiado, marcada para os dias 27 e 28 do primeiro mês de 2026.

A mediana para a Selic em janeiro já havia subido de 14,75% para 15% no relatório anterior, publicado no dia 8, considerando as estimativas dos últimos 30 dias úteis. Mas, considerando apenas as projeções dos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana passou de 14,875% — exatamente dividida entre 15% e 14,75% — no Focus passado para 15% agora.

As médias também têm avançado, o que mostra uma queda nas apostas em cortes maiores. A média do Focus para a Selic em janeiro passou de 14,8269% no relatório do dia 8 para 14,8427% agora. Considerando somente as projeções atualizadas em cinco dias úteis, oscilou de 14,8415% para 14,8564%.

No comunicado da última quarta, o Copom afirmou que a estratégia em curso, de manutenção da Selic em 15% por período “bastante prolongado”, é “adequada para assegurar a convergência da inflação à meta”. “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, diz o texto.

O Copom divulga a ata da sua reunião nesta terça-feira, 16, às 8h. As medianas do Focus, tanto de 30 como de cinco dias úteis, continuam indicando um primeiro corte da Selic na segunda reunião de 2026, dos dias 17 e 18 de março, a 14,50%.
Inflação

Mesmo com a sinalização mais dura do Copom e a expectativa de menos cortes, o mercado continua esperando uma inflação maior do que a estimada pelo Banco Central. A mediana do Sistema Expectativas de Mercado para o IPCA acumulado em quatro trimestres até o segundo trimestre de 2027, o horizonte relevante da política monetária, oscilou de 3,92% para 3,91%. A taxa continua bem acima da previsão do BC, de 3,2%.

Os números foram calculados pelo Estadão/Broadcast com base nas medianas do sistema para a inflação trimestral. Quando calculada com base nas medianas para a inflação mensal, a estimativa intermediária para o IPCA acumulado em 12 meses até junho de 2027 cedeu de 3,90% para 3,89%, também acima da projeção do Copom.

Veja - SP   16/12/2025

A balança comercial da segunda semana de dezembro registrou um superávit de 1,5 bilhão de dólares e corrente de comércio de 12,4 bilhões de dólares, resultado de exportações no valor de 6,9 bilhões de dólares e importações de 5,5 bilhões de dólares, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic), divulgado nesta segunda-feira, 15.

No mês de dezembro, as exportações somaram cerca de 14,3 bilhões de dólares, enquanto as importações, 11 bilhões de dólares, com um saldo positivo de 3,3 bilhões de dólares e uma corrente de comércio de 25,2 bilhões de dólares. No ano de 2025 as exportações totalizaram cerca de 332 bilhões de dólares e as importações 271 bilhões de dólares.

Em relação às exportações comparadas as médias até a 2ª semana de dezembro/2025 cerca de 1,4 bilhão de dólares, com a de dezembro/2024 com 1,2 bilhão de dólares, houve crescimento de 20,4%. Em relação às importações houve crescimento de 13,9% na comparação entre as médias até a 2ª semana de dezembro/2025 com a do mês de dezembro/2024.

Ao analisar o acumulado até a segunda semana de dezembro de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, o desempenho dos setores exportadores, medido pela média diária, mostrou avanço expressivo em todos os segmentos. A agropecuária apresentou aumento de 77,86 milhões de dólares, o que corresponde a uma elevação de 41,1%. A Indústria Extrativa teve expansão ainda mais acentuada, com crescimento de 125,57 milhões de dólares, equivalente a 52,0%. Já as exportações da Indústria de Transformação avançaram 37,67 milhões de dólares, alta de 5,0% na comparação anual.

Pelo lado das importações, o desempenho também foi positivo no acumulado até a segunda semana de dezembro de 2025 frente ao mesmo intervalo do ano anterior. As compras externas do setor de Agropecuária aumentaram 2,85 milhões de dólares, alta de 12,6%. Na Indústria Extrativa, as importações cresceram 11,2 milhões de dólares, avanço de 28,9%. Já os produtos da Indústria de Transformação registraram incremento de 121,47 milhões de dólares, o que representa uma elevação de 13,6% na média diária.

IstoÉ Dinheiro - SP   16/12/2025

O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Stephen Miran reforçou que, apesar do corte na taxa de juros de 25 pontos-base realizado na semana passada, a política monetária americana segue “muito restritiva”. Ele argumentou que a inflação subjacente do país já está próxima da meta de 2% e ressaltou que não vê as tarifas como o “fator principal” que possam elevar a inflação nos EUA.

Em entrevista à CNBC nesta segunda-feira, Miran reconheceu, porém, que “ainda pode haver inflação induzida por tarifas”. Já sobre o outro lado do mandato do Fed, o diretor salientou que “estamos longe de um estresse severo no mercado de trabalho, neste momento”. Ele ainda voltou a defender que o banco central precisa tomar decisões de política monetária com base em projeções, não em dados, e por isso reforçou sua hipótese de que a autoridade deve fazer política monetária “já pensando em 2027”.

“A dependência de dados é excessivamente retrospectiva. Isso levará a decisões ruins por causa das defasagens”, disse Miran. “Futuras dissidências vão depender das decisões de política. Eu gostaria que os juros caíssem mais”, acrescentou.

Miran ainda se esquivou de responder sobre a provável indicação do presidente Donald Trump para o próximo presidente do Fed. “O nome do Kevin é ótimo para o banco central”, brincou o diretor sobre o primeiro nome dos dois atuais mais cotados para substituir Jerome Powell: o ex-diretor do Fed Kevin Warsh e o conselheiro econômico do republicano Kevin Hassett.

Infomoney - SP   16/12/2025

O crescimento da produção industrial da China desacelerou para uma mínima de 15 meses em novembro, enquanto as vendas no varejo registraram seu pior desempenho desde que o país encerrou abruptamente as restrições de ‘Covid-19 zero’, destacando a necessidade urgente de novos impulsionadores de crescimento rumo a 2026.

Com o enfraquecimento dos subsídios de Pequim ao consumidor, uma crise imobiliária prolongada pesando sobre os gastos das famílias e o investimento industrial correndo o risco de mais deflação, as autoridades têm se apoiado nas exportações para sustentar o crescimento.

Essa estratégia agora parece cada vez mais insustentável, uma vez que os parceiros comerciais de todo o mundo se irritam com o superávit comercial de US$1 trilhão da China e procuram erguer barreiras à importação.
A produção industrial aumentou 4,8% em novembro em relação ao ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, o ritmo mais fraco desde agosto de 2024, desacelerando em relação aos 4,9% registrados em outubro. A previsão em pesquisa da Reuters era de alta de 5,0%.

China defende união entre sistemas empresarial e financeiro para impulsionar consumo

Departamentos de comércio locais devem buscar financiamento para campanhas de consumo junto a instituições financeiras

As vendas no varejo, um indicador do consumo, cresceram 1,3%, o ritmo mais fraco desde dezembro de 2022, quando a segunda maior economia do mundo encerrou as restrições à pandemia, bem abaixo dos 2,9% em outubro e da previsão de um ganho de 2,8%.

‘As exportações fortes limitaram a necessidade de turbinar a demanda doméstica este ano, e os subsídios começaram a se esgotar’, disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

‘Acho que as autoridades voltaram sua atenção para 2026, já que a meta de crescimento de cerca de 5% parece estar ao alcance para este ano, portanto, há pouca motivação adicional para mais estímulos.’

Economistas afirmam que a economia já passou do ponto em que um estímulo adicional seria uma solução eficaz.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional pediu a Pequim que acelere a reforma estrutural e tome medidas em relação ao setor imobiliário, já que cerca de 70% da riqueza das famílias chinesas está vinculada a imóveis.

A correção do problema do setor imobiliário nos próximos três anos custará o equivalente a 5% do PIB, segundo estimativas do FMI.

É preciso fazer mais para aumentar a confiança dos consumidores domésticos, disse Fu Linghui, porta-voz da administração alfandegária da China, em uma coletiva de imprensa após a divulgação dos dados.

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   16/12/2025

A Fitch Ratings espera que a demanda global por metais chave, que se mostrou notavelmente resiliente em 2025, seja adequadamente apoiada por políticas fiscais frouxas nas maiores economias e investimentos contínuos na transição energética.

Além disso, um dólar mais fraco também apoia o desempenho das commodities, sustentando uma perspectiva “neutra” para o setor global de mineração em 2026, diz a Fitch em um novo relatório publicado nesta segunda-feira, 15.

“Os equilíbrios de mercado de médio prazo irão, em última análise, determinar os preços dos metais. Os mercados de cobre e alumínio permanecem apertados, enquanto o minério de ferro e o zinco estão se movendo para o excesso de oferta. O rali nos metais preciosos é improvável de durar a longo prazo”, acrescenta a agência de classificação de risco.

A Fitch espera que a demanda por cobre e alumínio aumente de 2,0% a 2,5% em 2026, impulsionando os preços, com os dois mercados permanecendo bastante equilibrados. Há sinais de recuperação na manufatura na Europa e nos EUA, enquanto os índices de gerentes de compras permanecem em níveis neutros. A demanda mais fraca por matérias-primas para fabricação de aço e carvão térmico na China será em grande parte compensada pelo consumo incremental em outras regiões. Já níquel e lítio permanecerão em excesso de oferta em 2026. Os metais preciosos – ouro e prata – continuam a se beneficiar das tensões geopolíticas e da demanda por investimentos, adiciona.

A agência relembra que a demanda global por energia – ligada à melhoria dos padrões de vida, eletrificação e aplicações tecnológicas que consomem muita energia – apoia uma demanda maior por materiais básicos e de bateria.

Investing - SP   16/12/2025

Os preços do minério de ferro na Bolsa de Dalian caíram nesta segunda-feira, atingindo o nível mais baixo em mais de cinco meses, com as perspectivas de demanda prejudicadas pelo plano da China de implantar um sistema de licenças a partir de 2026 para regular as exportações de aço.

O contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou a sessão do dia com queda de 0,92%, a 753 iuanes (US$106,85) a tonelada. No início da sessão, a referência atingiu o nível mais baixo desde 10 de julho, em 748 iuanes.

O minério de ferro de referência para janeiro na Bolsa de Cingapura recuou 0,47%, para US$101,5 a tonelada, depois de ter alcançado, mais cedo, uma mínima intradiária de US$100,4, perto dos US$100,25 registrados na sexta-feira -- o nível mais fraco desde 17 de julho.

O Ministério do Comércio da China disse na sexta-feira que acrescentaria alguns produtos siderúrgicos à lista de cargas sob licença de exportação a partir de 1º de janeiro de 2026, depois que os fortes embarques alimentaram uma crescente reação protecionista da indústria siderúrgica em todo o mundo.

As crescentes exportações de aço da China ajudaram a compensar a queda na demanda doméstica de aço devido à prolongada desaceleração do mercado imobiliário, sustentando os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.

Em novembro, a produção de aço bruto da China caiu 3% em relação a outubro, chegando a seis meses consecutivos de quedas, restringida por margens mais finas e pela diminuição da demanda doméstica.

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Mas o espaço de queda para os preços do minério de ferro será limitado, com a expectativa de que as usinas comecem a reabastecer as matérias-primas para sustentar as operações durante o feriado do Ano Novo Lunar chinês em fevereiro, disseram os analistas da Xinhu Futures em nota.

O feriado do Ano Novo Lunar chinês em 2026 ocorre de 15 a 23 de fevereiro.

AUTOMOTIVO

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   16/12/2025

O mercado de caminhões registrou em novembro retração de 5,5% na produção, que atingiu 9.601 unidades, ante 10.160 veículos fabricados em outubro deste ano. Na comparação com novembro de 2024 (13.170 unidades), a queda é de 27,1%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Com o resultado de novembro, o setor acumula o quarto mês de queda consecutiva, o que resultou em uma retração de 9,3% na produção acumulada nos onze meses de 2025, com 118.393 veículos, ante 130.573 veículos fabricados em igual período do ano passado.

Igor Calvet, presidente da Anfavea, comentou que o peso maior nesta retração do mercado de caminhões está no segmento de pesados, que tem 45% de representatividade no setor, e teve redução de 21,5% na produção até novembro.

“Precisamos destravar o mercado de caminhões no Brasil. Vamos ter um ano com PIB positivo, com uma safra muito boa, mas os juros asfixiam e impedem o mercado de caminhões de seguir adiante”, disse Calvet.

O presidente da Anfavea revelou que as medidas de flexibilização do trabalho já foram tomadas pelas montadoras. “Acho importante, neste momento, que as autoridades tenham uma visão muito estratégica para o mercado de caminhões. Fomos duplamente penalizados com o IOF e precisamos de um programa de renovação de frota e de linha de crédito atrativa para o consumidor final”, disse Calvet.

“Precisamos ter algum alento para o mercado ainda este ano para que 2026 seja um ano melhor tanto na produção quanto no emplacamento, sobretudo dos caminhões pesados.”

Do total de caminhões produzidos até novembro deste ano, 58.592 unidades são de modelos pesados, 21,5% menos do que nos onze meses de 2024. De semipesados foram 37.336 unidades, de leves 14.874 unidades, de médios 6.566 unidades e de semileves 1.025 unidades.

Emplacamentos - As vendas de caminhões em novembro atingiram 8.921 unidades, queda de 16,3% sobre outubro deste ano (10.664 unidades) e de 12,3% em relação a novembro do ano passado, quando foram comercializados 10.169 veículos. No acumulado do ano, a redução foi de 8,7%, totalizando 103.651 unidades, ante os 113.485 veículos fabricados de janeiro a novembro de 2024.

Do total de caminhões vendidos de janeiro a novembro deste ano, o setor de pesados registrou queda de 20% com 45.472 unidades. Os modelos semileves tiveram queda de 24,5% nas vendas, com 5.019 unidades, mas é um segmento que representa cerca de 5% do mercado.

Os leves tiveram 8.007 unidades vendidas, retração de 13,8%. Os demais modelos, como os semipesados, venderam 33.444 unidades, com aumento de 4,9%, e os médios tiveram 11.709 unidades comercializadas, alta de 32,5%.

No ranking do setor, a Volkswagen Caminhões e Ônibus manteve a liderança, com 27.400 caminhões vendidos de janeiro a novembro de 2025, redução de 5,4% sobre igual período do ano passado (28.971 unidades), e o segundo lugar ficou com a Mercedes-Benz, que teve 25.589 veículos comercializados no país, 10,7% superior aos onze meses de 2024 (23.121 unidades).

A Volvo ficou em terceiro lugar com 18.286 veículos vendidos até novembro, 11,8% abaixo de igual período de 2024 (20.741 unidades), e a Scania em quarto com 12.075 unidades, 30,3% inferior a janeiro e novembro de 2024 (17.317 unidades).

A Iveco, quinta colocada, vendeu 7.735 caminhões, 2,5% a menos do que nos onze meses de 2024 (7.935 unidades), e a DAF, que está em sexto lugar, comercializou 6.922 veículos, tendo redução de 20,3% quando comparado com as 8.686 unidades vendidas nos onze meses de 2024.

Exportações - As exportações de caminhões tiveram redução de 9,1% em novembro, com 2.132 unidades, ante os 2.345 veículos em outubro deste ano. Na comparação com os 1.960 veículos exportados em novembro do ano passado, houve um aumento de 8,8%, segundo a Anfavea.

No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as exportações totalizaram 26.116 unidades, aumento de 65% sobre os 15.824 veículos exportados em igual período do ano passado, e o desempenho foi positivo em todos os segmentos.

Do total exportado, 16.032 unidades são de modelos pesados, que tiveram aumento de 75,5% sobre os onze meses de 2024. De semipesados foram 6.247 unidades, de leves 2.424, de médios 979 e de semileves 434 unidades.

Em CKD (veículos desmontados) foram exportados 6.728 caminhões até novembro deste ano, redução de 8,05% em relação aos 7.318 veículos exportados nos onze meses de 2024.

O presidente da Anfavea destacou que as projeções de 2026 para todo o setor automotivo serão apresentadas em janeiro e comentou que 2026 será um ano eleitoral no Brasil, provocando instabilidade política. “Mas há um indicativo de que as taxas de juros comecem a retroceder no primeiro trimestre. O que posso dizer hoje é que será um ano igual a 2025”, disse Calvet.

Globo Online - RJ   16/12/2025

A montadora chinesa BYD iniciou a venda de seus veículos na OLX, um dos principais marketplaces de classificados on-line no Brasil, com cerca de 50 milhões de usuários mensais. A BYD vai vender 11 modelos, entre 100% elétricos e híbridos, que contam com recarga elétrica e podem ser abastecidos com combustível fóssil.

Na parceria entre as duas empresas, a BYD vai vender seus carros por meio de lojas virtuais de suas 200 concessionárias espalhadas pelo país. Assim, toda a venda é feita pelas próprias revendedoras da montadora, segundo a OLX.

A plataforma vai receber por lead (interesse de um potencial cliente) gerado e direcionado para os canais proprietários da BYD. Em geral, o modelo tradicional do marketplace consiste na venda de planos de anúncios.

Segundo Alexandre Baldy, vice-presidente sênior e head de Comercial e Marketing da BYD no Brasil, a parceria tende a popularizar os veículos elétricos no país. A empresa tem hoje uma fábrica em Camaçari (BA), cuja produção começou em julho deste ano, na primeira linha de montagem da BYD fora da China. Na unidade, são produzidos os modelos Dolphin Mini, King e Song Pro.

— O interesse por carros eletrificados cresce a cada dia, e os resultados já alcançados comprovam que o país está pronto para essa transformação. Essa colaboração fortalece nossa presença no mercado — diz ele.

Marcos Leite, CRO do Grupo OLX, afirma que há demanda do público por veículos zero-quilômetro na plataforma. A BYD aposta em modelos 100% elétricos, como Dolphin, Yuan Plus e Seal. Entre os veículos híbridos, a montadora conta com Song e King. Os preços variam de R$ 149 mil a mais de R$ 330 mil.

— Essa é uma oportunidade única e um caminho extremamente eficaz para o mercado brasileiro, como já vemos em muitos mercados lá fora.

Segundo Leite, a OLX é o portal com a maior audiência automotiva do Brasil. Por isso, diz ele, a companhia vem desenvolvendo uma estratégia específica para as montadoras.

-Identificamos uma demanda relevante por carros elétricos e híbridos dentro da plataforma. Só por BYD, sem considerar modelos específicos da marca, havia mais de 60 mil pessoas buscando por mês.

A chegada do modelo de venda dos carros da BYD pela internet ocorre após a chinesa Great Wall Motor (GWM) firmar parceria com o Mercado Livre para comercializar veículos on-line. Segundo a GWM, os primeiros veículos da marca trazidos ao Brasil foram o Haval H6, híbrido, e o ORA, 100% elétrico, cujos preços variam entre R$ 150 mil e R$ 315 mil.

Assim como a BYD, a GWM tem fábrica em Iracemápolis (SP), onde produz os modelos Haval H6, Haval H9 e Poer P30. A montadora pretende lançar dez modelos de carros elétricos e vender 100 mil unidades no varejo no próximo ano. A GWM é a maior empresa do segmento automotivo com capital 100% privado na China e conta com 70 mil funcionários.

Valor - SP   16/12/2025

Comissão Europeia deverá apresentar nesta terça-feira (16) uma proposta para revisão da lei

A União Europeia (UE) planeja revogar a proibição sobre a produção de carros que emitam gás carbônico (CO2) a partir de 2035, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (15) pelo jornal Financial Times.

Conforme relatado pelo FT, a Comissão Europeia, que representa o braço executivo UE, deverá apresentar amanhã uma proposta para revisão da lei que exigiria das montadoras a proibição total de veículos com motor de combustão a partir de 2035.

Fontes anônimas comentaram sobre uma cota de até 10%, referente aos níveis de emissões de 2021, para os fabricantes que cumpram certos requisitos, como o uso de aço verde.

Com isso, ainda seria possível, embora em número limitado, a produção de automóveis movidos a queima combustíveis fósseis, como gasolina e diesel.

As condições propostas seguem sob discussão de autoridades europeias. Qualquer nova alteração na legislação precisará de apoio dos Estados-membros e da aprovação do Parlamento Europeu.

Anteriormente, as novas regras para motores a combustão seriam revisadas somente no ano que vem, mas foram antecipadas após pressão do setor automotivo, especialmente da Alemanha e da Itália.

Esses governos também pressionam para que a UE permita a manutenção de vendas de híbridos plug-in e carros com motores de combustão que funcionem com os chamados combustíveis neutros em CO2, como aqueles produzidos a partir de culturas agrícolas ou resíduos.

As montadoras justificam que precisam de maior flexibilidade para lidar com as vendas abaixo do esperado de veículos elétricos (EVs) e da concorrência da China no setor.

Exame - SP   16/12/2025

A Tesla (TSLA) deve chegar a um valor de mercado de US$ 2 trilhões no ano que vem — ou, em um cenário mais otimista, de US$ 3 trilhões até o fim de 2026. Para Dan Ives, analista da Wedbush, o movimento será impulsionado pela consolidação de uma nova fase da companhia, centrada em inteligência artificial, robótica e veículos autônomos.

“Estamos entrando em um ano monstruoso para a Tesla e para o Musk”, escreveu Ives em seu perfil no X (antigo twitter). Às 8h37, no horário de Brasília, a empresa de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, era avaliada em US$ 1,5 trilhão.

Pagamento de diretores entra no radar

Enquanto o mercado projeta novos patamares de valuation, os ganhos de membros do conselho da Tesla chamaram atenção de investidores e especialistas em governança.

Segundo análise da consultoria Equilar, feita exclusivamente à Reuters, os diretores da Tesla já acumularam mais de US$ 3 bilhões em ações e opções de ações desde 2004 — cifra que supera, com larga margem, a remuneração dos conselhos de outras gigantes tecnológicas como Apple, Microsoft, Meta e Alphabet.

Entre os casos destacados:

Kimbal Musk, irmão de Elon, já embolsou quase US$ 1 bilhão desde 2004.

Ira Ehrenpreis, membro desde 2007, acumulou US$ 869 milhões.

Robyn Denholm, atual presidente do conselho, somou US$ 650 milhões desde 2014.

Modelo atípico de remuneração

Entre 2018 e 2020, a Tesla pagou, em média, US$ 12 milhões por diretor, o que representa oito vezes a média do conselho do Google, por exemplo. Após um acordo judicial com acionistas em 2021, a empresa suspendeu novos pagamentos, mas os ganhos acumulados continuam a render debates no mercado.

A crítica mais recorrente está no fato de que os conselheiros receberam opções de ações, e não ações diretamente, mecanismo que potencializa o lucro sem oferecer riscos de perdas.

Ainda assim, a empresa defendeu o modelo: “A compensação dos diretores está diretamente ligada ao desempenho da ação e à criação de valor para os acionistas”, disse um porta-voz da Tesla à Reuters, ressaltando que os conselheiros participaram de 58 reuniões em 2024, número acima da média do setor.

Concorrência e narrativa de longo prazo

A valorização do papel da Tesla em 2026 depende não apenas da entrega dos projetos de IA e robótica, mas da sustentação da tese de que a empresa não é mais apenas uma montadora, e sim uma plataforma tecnológica com múltiplas frentes de receita.

Dan Ives aposta que os investidores continuarão a precificar essa “narrativa expandida”, especialmente com a maturação da Full Self Driving, o uso de IA em gestão de frota e a possibilidade de monetização do robô Optimus.

Entre os riscos no radar estão:

Concorrência da BYD e de montadoras tradicionais no mercado global de elétricos;

Desafios de regulação para veículos autônomos;

Sustentação da margem em meio à queda global dos preços médios dos EVs.

Globo Online - RJ   16/12/2025

A Ford vai registrar em seu balanço contábil US$ 19,5 bilhões em encargos relacionados a uma ampla reformulação de seu negócio de veículos elétricos, após anos de dificuldades para torná-lo lucrativo.

A maior parte dos encargos será reconhecida no quarto trimestre, informou a Ford em comunicado divulgado hoje. Como parte da mudança estratégica, a montadora está cancelando um caminhão elétrico da linha F-Series que estava em planejamento, direcionando a produção para veículos a combustão e híbridos e reaproveitando uma fábrica de baterias para veículos elétricos.

A Ford também converterá sua picape elétrica emblemática, a F-150 Lightning, em um veículo híbrido de autonomia estendida.

A magnitude das baixas contábeis e desvalorizações de ativos é um testemunho tanto do grau de dificuldade que a Ford enfrentou para produzir e vender veículos elétricos de forma lucrativa quanto do peso das mudanças de política industrial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tendem a agravar esses desafios.

Ao registrar os encargos, a Ford reconhece que expandiu demais sua capacidade de produção de baterias e seguiu por um caminho sem saída com veículos elétricos grandes, destinados a gerar ainda mais prejuízos.

As medidas tornarão lucrativas as operações de veículos elétricos da divisão Model até 2029, estimou Andrew Frick, chefe da unidade de EVs, a jornalistas em uma teleconferência. A Ford perdeu US$ 5,1 bilhões em sua divisão de veículos elétricos no ano passado e espera que as perdas possam ser ainda maiores neste ano.

— A realidade operacional mudou, e estamos redirecionando capital para oportunidades de crescimento com maior retorno — disse o diretor-presidente da Ford, Jim Farley, em comunicado.

A montadora elevou sua projeção de geração de caixa em 2025 para US$ 7 bilhões antes de juros e impostos, acima da estimativa anterior, que variava de US$ 6 bilhões a US$ 6,5 bilhões.

As ações da Ford subiram 1% no after-market em Nova York às 16h37. O papel acumula alta de 38% no ano.

Pessimismo sobre carro elétrico pós-Trump

Farley havia previsto que a demanda dos consumidores por veículos plug-in cairia pela metade depois que Trump desmantelou grande parte da plataforma de políticas de Joe Biden. Agora, as empresas buscam maneiras de limitar os danos financeiros causados por fábricas ociosas.

Em outubro, a General Motors registrou US$ 1,6 bilhão em encargos para compensar perdas com ativos ligados a veículos elétricos.

Uma das opções mais promissoras é converter fábricas de baterias para veículos elétricos em produtoras de células destinadas ao armazenamento estacionário de energia, cuja demanda cresce rapidamente com a expansão dos data centers de inteligência artificial e a necessidade de modernização da rede elétrica.

O armazenamento de baterias em escala de utilidade cresceu 50% nos primeiros 10 meses deste ano, para quase 39,3 gigawatts, em relação ao fim de 2024, mostram dados preliminares da Administração de Informação de Energia dos EUA.

As células de armazenamento permitem extrair mais uso da rede existente, já que grandes novas usinas não conseguem ser construídas com rapidez suficiente para atender campi de dados que consomem tanta energia quanto cidades inteiras.

Mas, para obter lucro em um negócio intensivo em capital e tecnicamente desafiador como a fabricação de células, os fabricantes argumentam que créditos fiscais à produção são fundamentais para tornar as plantas economicamente viáveis.

1,6 mil demitidos

A Ford está suspendendo a produção em sua fábrica de baterias para veículos elétricos em Glendale, Kentucky, que passará por uma conversão de US$ 2 bilhões para produzir células de armazenamento de energia para abastecer a rede elétrica.

Os 1.600 trabalhadores da unidade serão demitidos durante a conversão, mas a Ford planeja contratar 2.100 pessoas para apoiar seu negócio de armazenamento de energia quando a unidade reabrir, em 2027.

A montadora está assumindo o controle de fábricas de baterias lado a lado em Glendale, Kentucky, após o rompimento, na semana passada, de uma joint venture com a fabricante sul-coreana de baterias SK On.

Apenas uma dessas fábricas está em operação, e a Ford vai direcionar sua produção para células de fosfato de ferro-lítio, de menor custo, utilizando um acordo de licenciamento com a chinesa Contemporary Amperex Technology. Essas baterias serão vendidas exclusivamente para armazenamento de energia.

Mudança de rumo em Michigan também

A fábrica de Marshall, em Michigan, também passará a produzir células LFP para armazenamento de energia, além de uma nova linha de veículos elétricos pequenos e de menor custo, prevista para 2027.

A Ford planeja converter uma fábrica em construção em Stanton, no Tennessee — sua primeira nova planta de montagem em meio século — para produzir caminhões a combustão, em vez de picapes totalmente elétricas.

A unidade do Tennessee fabricará um novo modelo que não faz parte da atual linha de picapes pequenas, médias e grandes da montadora, informou a empresa. A Ford adiou o início das operações dessa fábrica para 2029, ante o plano anterior de abertura em 2028 — que já havia sido postergado.

A empresa informou que a maior parte dos US$ 19,5 bilhões em itens especiais será reconhecida no resultado do quarto trimestre, com o restante registrado em 2026 e no ano seguinte. A Ford estima um impacto em caixa de cerca de US$ 5,5 bilhões, a ser pago principalmente no próximo ano.

A Ford afirmou que, até 2030, espera que metade de seu volume global de vendas venha de híbridos, veículos elétricos de autonomia estendida e EVs puros, ante 17% atualmente.

— São decisões grandes que acreditamos que trarão retorno por muitos anos — disse Frick. — Em vez de gastar bilhões adicionais em veículos elétricos grandes que agora não têm caminho para a lucratividade, estamos alocando esse dinheiro em áreas de maior retorno.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2025

A promessa do carro elétrico para um futuro mais sustentável não deve se concretizar na velocidade esperada. Nos últimos anos, uma série de países definiu prazos para proibir as vendas de motores a combustão, mas, pouco a pouco, essas nações começam a adiar ou repensar essas decisões. O principal recuo deve vir da Europa nesta semana.

O bloco havia determinado que, a partir de 2035, só permitiria a oferta de veículos leves de emissão zero. Agora, a região deve adiar o prazo ou, até mesmo, suspender a decisão. Em entrevista à Reuters, Manfred Weber, chefe do Partido Popular Europeu, disse que a Comissão Europeia vai apresentar uma “proposta clara para abolir a proibição dos motores a combustão”. Segundo o político, a decisão “foi um erro grave de política industrial”.

Caso a Europa recue, a região se juntará a um movimento já em curso em grandes mercados. O Reino Unido, por exemplo, que saiu do bloco em 2020, revisou a decisão de abolir motores a combustão em 2030, adiando a meta para 2035.

Já os Estados Unidos não têm uma regra nacional, mas estados como a Califórnia, com metas para proibir a venda de carros a combustão, têm enfrentado desafios para avançar no curto prazo – o que pode impactar as metas de longo prazo.

Por que recuar no fim do carro a combustão?

As decisões sobre adiar a proibição de veículos a combustão são sempre envoltas em polêmicas. De um lado, agentes desse mercado e ambientalistas defendem o avanço rumo ao carro elétrico – ainda que esses modelos nem sempre sejam abastecidos com energia limpa.

De outro, há questões econômicas envolvidas, como o alto custo dos veículos elétricos, a falta de infraestrutura e o impacto em empregos na cadeia automotiva tradicional. Na Europa, existe o receio sobre o avanço ainda maior dos carros chineses e a dependência de sua tecnologia.

O Brasil, um dos 10 maiores mercados automotivos do mundo, decidiu não impor uma data para a extinção do motor a combustão. No lugar disso, a política industrial Mover (Mobilidade Verde e Inovação) incentiva diferentes tecnologias com menor pegada de carbono, incluindo os carros flex, que podem ser uma opção menos poluente até mesmo do que modelos elétricos.

No país, os carros com a tecnologia representaram apenas 3% das vendas de veículos novos feitas entre janeiro e novembro, segundo dados da ABVE e da Fenabrave.

Com ou sem data marcada para o fim do motor a combustão, fato é que o crescimento das vendas de carros elétricos diminuiu mundo afora em novembro.

Com a estabilização do mercado chinês e o fim de incentivos nos Estados Unidos, os emplacamentos de modelos com a tecnologia subiram 6% para pouco mais de 2 milhões de unidades. Foi a pior taxa de crescimento desde fevereiro de 2024, conforme apontam dados da Benchmark Mineral Intelligence (BMI).

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   16/12/2025

O Estado de São Paulo vive um momento de grande volume de obras públicas e privadas, impulsionadas por projetos de mobilidade, infraestrutura viária, habitação e intervenções urbanas.

Segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), o Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP) reúne atualmente mais de R$ 550 bilhões em projetos qualificados.

Com esse pano de fundo, a realização da Analoc Rental Show 2026, de 6 a 8 de julho no Expo Center Norte, em São Paulo, chega em um momento de plena expansão da cadeia de obras no estado.

De acordo com Reynaldo Fraiha, diretor da Analoc Rental Show, independentemente do ritmo real de execução, o nível atual de projetos estruturados, especialmente aqueles conduzidos via concessões e PPPs, aumentará a procura por máquinas e serviços de locação em todo o estado.

“O rental é essencial por gerar vários benefícios, em particular a disponibilidade de máquina, manutenção e acesso a tecnologias modernas que garantem a celeridade das obras, por isso continuará em expansão”, enfatiza.

A SPI informa que cerca de R$ 369 bilhões em investimentos foram mobilizados até 2025, volume que supera metas iniciais e evidencia maior segurança regulatória para concessões e iniciativas privadas. “Ainda que a execução total desses valores leve anos e dependa do andamento dos contratos, o efeito imediato beneficia a carteira de obras e, com ela, a demanda por equipamentos”, prevê Fraiha.

Rodovias e mobilidade puxam a necessidade de frota - No setor rodoviário, o programa São Paulo pra Toda Obra prevê cerca de R$ 30 bilhões distribuídos em mais de 1.500 intervenções. Concessões recentes, como Nova Raposo, Rota Sorocabana, Litoral Paulista e o Lote Paranapanema, iniciaram frentes de serviços simultâneos - etapa que exige, sobretudo, máquinas compactas, equipamentos de terraplenagem, usinas móveis, ferramentas elétricas e plataformas de acesso.

Mesmo com a velocidade variando entre os contratos, locadoras fornecem cada vez mais equipamentos para manutenção, recapeamentos, drenagem e obras de contenção. O movimento se repete em obras ferroviárias, com a consolidação do programa SP nos Trilhos, que reúne mais de 40 iniciativas, incluindo trens urbanos, metrô e os projetos de Trens Intercidades.

Linhas como a 6-Laranja, 4-Amarela e o pacote das Linhas 11, 12 e 13 entraram em fases que tradicionalmente concentram uso intensivo de máquinas — escavação, montagem de estações, sistemas, acabamento e operação de canteiros.

Expansão urbana e obras sociais - Projetos como o novo Centro Administrativo Campos Elíseos, PPPs de Parques Urbanos, modernização de travessias litorâneas e o futuro Túnel Santos-Guarujá adicionam novas frentes de trabalho ao calendário estadual.

Embora cada uma delas esteja em etapas diferentes de maturação, todas demandam equipamentos especializados e serviços de locação de forma contínua, desde a fase de sondagem e implantação de canteiros até acabamentos e testes operacionais.

A soma das iniciativas públicas e privadas cria um efeito prolongado no mercado: mesmo diante de eventuais atrasos, ajustes contratuais ou ritmos distintos entre concessionárias, a locação permanece como solução estratégica para empresas que precisam atender picos de demanda sem ampliar frotas próprias.

Analoc Rental Show 2026 - Com foco em locadoras de pequeno e médio porte, a Analoc Rental Show é a vitrine para os fornecedores de máquinas e equipamentos compactos, de trabalho em altura, ferramentas profissionais, plataformas elevatórias, fôrmas, escoramentos, tecnologias de gestão e acessórios possibilitarem atualização técnica sobre os tipos de equipamentos mais demandados no novo ciclo de obras.

“A feira é o local apropriado para os locadores interagirem pessoalmente com os fabricantes e distribuidores, obterem condições diferenciadas de compra e se prepararem para atender a demanda”, destaca Leônidas Ferreira, conhecido como Leo Sisloc, diretor da Sisloc Softwares e presidente do Ecossistema LocadoresBR. De acordo com Leo, o ambiente favorece um networking intenso entre locadores de todo o Brasil, especialmente aqueles que participam de projetos em São Paulo ou buscam expandir atuação no mercado paulista.

A expectativa é que o estado siga concentrando grande parte dos investimentos nacionais em infraestrutura nos próximos anos. Mesmo com oscilações típicas de grandes projetos, a projeção é de continuidade dos contratos já estruturados, o que mantém o setor de locação em ritmo positivo.

A Analoc Rental Show é fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas (Analoc) e o Grupo LocadoresBR.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Exame - SP   16/12/2025

Com um déficit habitacional que atinge 6 milhões de domicílios no Brasil, segundo a Fundação João Pinheiro, a startup mineira Hauss Brasil acredita ter encontrado uma solução inovadora. A empresa aposta em construções industrializadas para acelerar a entrega de moradias populares. Em seu primeiro ano, a startup mira faturamento de R$ 120 milhões e já venceu seis editais do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Criada em 2024 por Junior Bergamin, Paulo Curió, Jonatas Resende e Gilberto Bergamin, a Hauss combina as experiências de seus fundadores em engenharia, direito e gestão pública. O objetivo do grupo — que não se considera uma construtora, e sim uma govtech — é resolver desafios habitacionais em pequena escala, algo que grandes construtoras raramente conseguem atender de forma viável.

A Hauss atende demandas específicas de municípios pequenos e de famílias com renda a partir de um salário mínimo. O primeiro conjunto habitacional foi finalizado em Itamogi, Minas Gerais, com 150 casas. “Conseguimos levar moradia para cidades menores, onde outras construtoras não atuam por falta de escala”, diz o cofundador.

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Como são as casas da Hauss?

A Hauss utiliza tecnologias como Light Steel Frame e Light Wood Frame, amplamente empregadas nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco difundidas no Brasil. Esses métodos consistem em estruturas leves de aço ou madeira que substituem a tradicional alvenaria.

As casas são “fabricadas” em Curitiba, onde os componentes são pré-montados com alta precisão. No terreno, tudo é finalizado em até 48 horas. A família pode se mudar já no dia seguinte, ou seja, 72 horas depois do início da obra.

As construções da Hauss também têm como pilar a sustentabilidade. Elas consomem 95% menos água e produzem quase nenhum resíduo sólido em comparação às obras tradicionais, que geram grandes volumes de entulho, segundo o cofundador.

As casas mantêm a temperatura interna em torno de 22ºC, mesmo em climas extremos, graças ao isolamento térmico avançado. Já o isolamento acústico é duas vezes superior às normas brasileiras.

“Levamos soluções completas, que combinam urbanização, sustentabilidade e infraestrutura”, explica Bergamin. Isso inclui garantir que as áreas escolhidas já possuam suporte básico, como escolas, creches, coleta de lixo e rotas de transporte público, evitando que novos bairros sejam criados sem a infraestrutura necessária para atender os moradores .

Por que não são mais comuns?

Embora mais rápidas e sustentáveis, essas técnicas de construção enfrentam resistência no Brasil. Por aqui, a "cultura da argamassa e do concreto", uma herança da colonização portuguesa, predomina.

“As pessoas ainda associam concreto a solidez e qualidade, o que cria uma barreira”, explica Bergamin. Essa resistência é maior em regiões como o Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, onde há influência da colonização alemã, o uso de madeira e métodos industrializados é mais aceito.

As tecnologias usadas também são 30% mais caras que os métodos convencionais quando aplicadas em pequena escala. “Por isso, nossa estratégia é operar em linha de produção, como na indústria automotiva, reduzindo os custos por unidade”, diz o cofundador.

Outro obstáculo é a dependência do setor público, que frequentemente apresenta atrasos na aprovação de projetos e pagamentos. “O cronograma não é linear. Às vezes, ganhamos o edital, mas precisamos esperar meses até que a documentação esteja completa para começar a obra. Isso pode criar gargalos na produção”, diz.

Mesmo com esses desafios, a Hauss já planeja o futuro. Depois de ser adquirida pelo grupo logístico Expresso Nepomuceno, a startup deve expandir suas operações para o Sudeste, especialmente São Paulo, e abrir uma nova fábrica na região para atender à demanda crescente.

“Temos capacidade para produzir até 4 mil casas por ano, mas queremos crescer com responsabilidade. É um mercado sensível e precisamos entregar com excelência, porque lidamos com os sonhos das pessoas”, diz Bergamin.

Monitor Digital - RJ   16/12/2025

Uma mudança adotada pela Caixa Econômica Federal na remuneração de sua rede parceira, os Correspondentes Caixa Aqui (CCAs) reacendeu um debate sensível no setor habitacional: como decisões sobre comissão e modelo de operação podem afetar não apenas correspondentes, mas também imobiliárias, corretores, construtoras e, por consequência, a velocidade de contratação de crédito imobiliário no país.

De acordo com manifestações recentes da ANCCA (Associação Nacional de Correspondentes Caixa Aqui), o banco comunicou um “Novo Modelo de Remuneração da Rede Parceira – Habitação”, com implementação prevista para 2 de janeiro de 2026. A entidade afirma que a proposta representa ruptura de previsibilidade e equilíbrio econômico-financeiro, além de gerar insegurança jurídica. A ANCCA solicita revisão integral e suspensão imediata da implementação, com criação de um grupo técnico envolvendo Caixa, Conselho Curador do FGTS, ANCCA e Febralot.

O tema ganhou repercussão também entre profissionais do mercado. Em vídeos publicados ao público, o especialista em financiamento imobiliário Murilo Arjona defendeu que o assunto merece diálogo amplo porque impacta “todo o ecossistema”, citando possíveis reflexos em incorporadoras, imobiliárias, corretores, correspondentes e no próprio banco. Ele relata que a remuneração dos correspondentes não teria sido reajustada desde 2015 e que, agora, houve redução relevante, estimada em cerca de 20% na remuneração ligada ao SBPE, na avaliação apresentada por ele.

A ANCCA aponta que o modelo vigente teria como referência remuneração de 1,20% condicionada ao cumprimento de metas semestrais, e que o novo desenho eliminaria o direito ao percentual já em janeiro de 2026, inclusive para quem cumpriu as metas até dezembro de 2025. A associação afirma que a nova tabela implicará na redução de receita bruta variando entre 16,67% e 33,33%, além de manter tetos financeiros congelados desde fevereiro de 2015.

Os funcionários também sustentam que a rede de correspondentes é parte crítica da execução da política habitacional: segundo a entidade, os CCAs estariam presentes em 2.078 municípios e seriam responsáveis por “mais de 90% da produção habitacional nacional”. A ANCCA também registra dados de originação atribuídos à rede entre janeiro e julho de 2025: R$ 55 bilhões em Habitação FGTS, R$ 23 bilhões em Habitação SBPE, além de consignado, consórcio e seguridade, somando R$ 81,86 bilhões no período.
Custos operacionais

Outro argumento é o aumento de custos operacionais no período entre 2015–2025. A ANCCA estima crescimento médio de +91,2% nos custos e relaciona esse avanço a indicadores como IPCA acumulado, salário mínimo, aluguéis comerciais, energia elétrica, telecomunicações, combustíveis e custos de TI, entre outros, defendendo que o congelamento dos tetos e percentuais ao longo de mais de uma década agravou a defasagem do modelo atual.

A associação alerta ainda para impactos sistêmicos se a proposta for implementada sem ajustes, incluindo o alto risco de fechamento de empresas, perda de capilaridade em regiões sem agência, aumento de prazos, queda na qualidade de atendimento e impacto sobre a contratação de programas habitacionais.

Ao pedir revisão, a ANCCA sinaliza que não se opõe a critérios de desempenho, mas critica o que chama de “abismo entre faixas”, afirmando que os volumes de contratação variam por condições regionais como densidade populacional, renda média, oferta de empreendimentos e dinâmica local. A entidade defende um período de transição e a realização de estudos de impacto antes de uma mudança estrutural.

O posicionamento apresentado pela ANCCA conta ainda com o apoio de entidades representativas do setor, como a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o COFECI (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) e o FNNIC (Fórum Norte e Nordeste da Construção Civil). A adesão dessas instituições reforça que a preocupação não se limita a um elo específico da cadeia, mas envolve construtoras, corretores e agentes que atuam diretamente na execução da política habitacional e na transformação do crédito disponível em moradias efetivamente contratadas.

O debate deve se intensificar nos próximos dias. De um lado, está a busca por eficiência e sustentabilidade do modelo; por outro, a necessidade de preservar capilaridade e ritmo de contratações em um setor que opera com metas públicas e demanda crescente. O pedido central, registrado tanto por agentes do mercado quanto pela entidade representativa, é que a discussão seja conduzida de forma técnica, com olhar geral e construção colaborativa de um modelo equilibrado para toda a cadeia habitacional.

IstoÉ Dinheiro - SP   16/12/2025

O aumento mais brando nos materiais de construção desacelerou a inflação do setor dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma elevação de 0,30% em novembro para uma alta de 0,22% em dezembro.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,34% em novembro para um avanço de 0,17% em dezembro. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,18% em dezembro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,15% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,23% em novembro para uma elevação de 0,28% em dezembro.

NAVAL

Portos e Navios - SP   16/12/2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 331 milhões, com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), para o Tecon Rio Grande, subsidiária da Wilson Sons, investir na compra de equipamentos e automação do terminal portuário de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, além de obras de dragagem.

Está prevista a compra de nove guindaste de cais (portêineres), 22 guindastes de do tipo Rubber-Tyred Gantry (RTGs), tratores elétricos, carretas, estações de recargas para tratores elétricos, empilhadeiras de pequeno porte e dois scanners. O banco informou que o objetivo é ampliar a capacidade para atender navios maiores e a condição do porto como hub logístico no comércio com Argentina, Uruguai e Paraguai.

Segundo o banco de fomento, o Tecon de Rio Grande é o único terminal de contêiner do estado e tem atualmente capacidade para movimentar 1,42 milhão de TEUs. Ele ocupa área de 735.000 metros quadrados, tem cais linear de 900 metros, com três berços de atracação, calado de 15 metros, 2.800 tomadas para contêineres refrigerados e 20.000 m² em armazéns.

Pelo terminal, que conta com armazenagem alfandegada de mercadorias para importação e exportação, são movimentadas cargas de longo curso e de cabotagem. Além disso, o Tecon oferece serviços de consolidação e desconsolidação de contêineres para vistorias de órgãos públicos e de fornecimento de energia e monitoramento da temperatura de contêineres refrigerados.

PETROLÍFERO

Investing - SP   16/12/2025

Os mercados de petróleo ignoraram em grande parte a perspectiva de mais interrupções no fornecimento na Venezuela, especialmente porque os EUA intensificaram seu escrutínio sobre o país sul-americano. Washington apreendeu um petroleiro transportando petróleo venezuelano na semana passada.

Os futuros do petróleo Brent para fevereiro caíram 0,5% para US$ 60,28 por barril, enquanto os futuros do petróleo West Texas Intermediate caíram 0,4% para US$ 56,42 por barril às 01:10 do horário de Brasília.

Além da geopolítica, os mercados de petróleo também aguardam dados importantes sobre folha de pagamento não agrícola e inflação ao consumidor dos EUA previstos para esta semana.

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Negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia em foco

Os mercados de petróleo estavam totalmente focados nas negociações de cessar-fogo intermediadas pelos EUA entre Rússia e Ucrânia, dado que qualquer possível fim ao conflito libera as exportações de petróleo russo.

Autoridades americanas sinalizaram algum progresso nas negociações de paz, com Kiev oferecendo abandonar suas aspirações de ingressar na aliança militar da OTAN que era um grande ponto de discórdia para a Rússia. Washington também ofereceu garantias de segurança à Ucrânia.

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Mas um acordo sobre concessões territoriais, um tópico altamente sensível para a Ucrânia, permaneceu indefinido.

Moscou também deu pouca indicação direta de que estava aberta a encerrar a guerra de quase quatro anos.

Um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia pode potencialmente resultar no relaxamento de algumas das sanções dos EUA ao petróleo russo, o que por sua vez poderia aumentar ainda mais o fornecimento global e estimular um excesso de oferta maior no próximo ano.

Petróleo pressionado por perspectiva de oferta fraca; tensões na Venezuela ignoradas

O petróleo permaneceu em grande parte na defensiva em meio a preocupações persistentes sobre um excesso de oferta em 2026. Relatórios recentes de órgãos do setor principalmente a OPEC e a AIE mostraram expectativas mudando para suprimentos mais altos e demanda lenta no próximo ano, tornando provável um excesso de oferta.

Isso ofuscou em grande parte o aumento dos riscos geopolíticos para os mercados de petróleo, especialmente de um conflito maior entre os EUA e a Venezuela. Além da apreensão do petroleiro, a principal empresa petrolífera da Venezuela, PDVSA, disse que foi alvo de um ataque cibernético na segunda-feira.

O presidente dos EUA, Donald Trump, também sinalizou recentemente que os EUA poderiam iniciar operações terrestres na Venezuela em breve.

O Estado de S.Paulo - SP   16/12/2025

Os executivos que jantaram na Casa Branca para celebrar o novo salão de festas de US$ 300 milhões do presidente Donald Trump - e seu papel no financiamento do projeto - eram personalidades importantes da indústria americana.

Entre eles estava Harold G. Hamm, fundador da Continental Resources, uma empresa petrolífera pouco conhecida fora dos círculos do setor energético.

Não muito tempo atrás, parecia que Hamm e seus aliados na indústria petrolífera estavam perdendo. Eles estavam em desvantagem em Washington - e em Wall Street -, rejeitados por contribuírem para as mudanças climáticas e por não conseguirem entregar os retornos que os investidores desejavam.

Mas, com Trump de volta ao poder, Hamm também está.

A aliança entre os dois agora desempenha um papel importante na energia americana. Juntos, eles reformularam a política federal para beneficiar as empresas de petróleo e gás, incluindo a Continental, de Hamm, e adiaram a transição para alternativas mais ecológicas, como energia solar e baterias.

Hamm foi um dos primeiros apoiadores de Trump na indústria petrolífera, e essa lealdade - aliada a mais de US$ 2 milhões em contribuições de campanha - lhe rendeu uma influência enorme.

Hamm, que recentemente adotou o título de presidente emérito ao se afastar da Continental, usou essa influência para colocar seus aliados em cargos importantes no governo.

Entre eles está Chris Wright, um executivo de longa data do setor de combustíveis fósseis e ex-diretor de um grupo de lobby da indústria petrolífera que Hamm cofundou. Wright é agora o secretário de Energia de Trump. O cargo de secretário do Interior foi para Doug Burgum, ex-governador de Dakota do Norte e aliado próximo de Hamm, cuja família arrendou terras à Continental para perfuração.

O retorno de Trump à Casa Branca está rendendo bons frutos para a Continental, que afirmou esperar se beneficiar de incentivos fiscais ampliados. A empresa também conseguiu recentemente licenças há muito esperadas do governo Trump para perfurar petróleo e gás natural em Wyoming.

Ao mesmo tempo, o governo Trump e o Congresso tomaram medidas para desfazer ou enfraquecer políticas que ameaçavam o petróleo e o gás, incluindo padrões de eficiência de combustível, regulamentações de emissões de metano e créditos fiscais para veículos elétricos e energia renovável. Essas reversões ajudaram a compensar a frustração do setor com os baixos preços do petróleo e as tarifas mais altas, que reduziram os lucros este ano.

Hamm e a Continental recusaram pedidos de entrevista e não responderam a solicitações por escrito para comentar o assunto. Uma porta-voz da Casa Branca disse em uma declaração por escrito que Hamm estava entre os executivos da indústria do petróleo que ofereceram conselhos a Trump.

“O presidente frequentemente ouve as recomendações e preocupações de muitos dos principais stakeholders e líderes empresariais para garantir que a indústria de petróleo e gás dos Estados Unidos tenha os recursos e capacidades adequados para ‘PERFURAR, BABY, PERFURAR’ e atender às necessidades do povo americano”, escreveu ela.

A parceria Hamm-Trump nasceu em 2012, quando Trump, já flertando com uma candidatura à presidência, convidou Hamm para visitá-lo na Trump Tower, em Nova York.

Os dois homens, tão diferentes no papel, tinham muito em comum.

Ambos eram contrarians (no mundo dos negócios, investidores que vão contra as tendências). Ambos usavam símbolos do patriotismo americano para impulsionar suas próprias buscas. O magnata do petróleo prometeu seu apoio caso Trump concorresse à presidência.

“Acho que ele tem muita confiança no que eu digo”, disse Hamm a um repórter do Washington Post em 2016.

Naquele ano, Hamm foi um dos primeiros executivos do setor de petróleo e gás a apoiar Trump, declarando na convenção republicana que “o presidente Trump” iria impulsionar o futuro dos Estados Unidos e se tornaria ”o primeiro presidente a alcançar a independência energética americana”.

Nascido alguns meses após o fim da Segunda Guerra Mundial, Hamm mudou-se várias vezes quando era criança antes de se estabelecer em Enid, Oklahoma. Aos 20 e poucos anos, ele fundou uma empresa de serviços para campos petrolíferos com um único caminhão e, eventualmente, começou a perfurar seus próprios poços de petróleo, transformando a Continental em uma importante empresa do oeste dos Estados Unidos.

A grande virada aconteceu em março de 2004, na borda de um depósito de petróleo e gás conhecido como Bakken, em Dakota do Norte. Hamm tinha o pressentimento de que, se aplicasse novas técnicas de perfuração - agora conhecidas como perfuração horizontal e fraturamento hidráulico -, poderia extrair petróleo do solo onde outros haviam falhado. Ele estava certo.

O sucesso da Continental ajudou a impulsionar a produção de petróleo de Dakota do Norte, dando início ao boom do fraturamento hidráulico que transformaria os Estados Unidos no maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Hamm abriu o capital da empresa em 2007, quando já era um homem rico com influência crescente em Oklahoma City, onde a Continental está sediada.

Depois que Trump assumiu o cargo em 2017, Hamm não teve vergonha de pressionar o governo e os republicanos no Congresso.

Em uma visita a Washington, em junho de 2018, o magnata do petróleo usou sua influência para pressionar pelo enfraquecimento dos padrões de eficiência de combustível automotivo.

Hamm disse aos parlamentares da Câmara que as regras eram “arcaicas e onerosas”.

O governo Trump logo revogou as regras de eficiência de combustível dos EUA.

Isso foi apenas o começo. O grupo de lobby de Hamm, a Aliança dos Produtores Domésticos de Energia, trabalhou para enfraquecer as proteções para espécies ameaçadas, como o tetraz-das-artemísias (considerado a maior espécie de perdiz da América do Norte). Também pressionou o governo Trump a reduzir as regulamentações destinadas a coibir a poluição do ar perto dos locais de perfuração de petróleo.

Tanto as medidas de proteção contra a poluição do ar quanto as de proteção da vida selvagem foram restringidas.

Em pouco tempo, porém, Hamm se viu em apuros.

Nos primeiros dias da pandemia da Covid-19, a demanda por petróleo encolheu e os preços despencaram. A avaliação de mercado da Continental caiu para menos de US$ 4 bilhões, ante cerca de US$ 22 bilhões 18 meses antes, eliminando grande parte da fortuna de Hamm. Ele detinha cerca de 80% das ações da empresa na época.

Enquanto isso, cresciam as preocupações com as mudanças climáticas. Em parte sob pressão de ambientalistas e alguns formuladores de políticas, grandes investidores começaram a pressionar as empresas públicas a reduzir o uso e a produção de combustíveis fósseis.

Depois que Joe Biden assumiu o cargo em 2021, o Congresso incentivou a compra de veículos elétricos, investiu bilhões de dólares em estações de recarga e subsidiou a fabricação de baterias.

Nessa época, muitas das grandes empresas petrolíferas já haviam começado a se comprometer com a energia limpa.

Hamm tomou o caminho oposto, protegendo a Continental da pressão dos investidores ao fechar o capital da empresa em 2022.

Em abril de 2024, Hamm estava reunindo apoio para Trump. Ele ajudou a organizar um jantar com Trump naquela primavera para muitos executivos do setor de petróleo e gás, incluindo Wright, então CEO da empresa de fraturamento hidráulico Liberty Energy.

Trump pressionou o grupo naquele jantar para arrecadar US$ 1 bilhão para sua campanha, em troca de sua promessa de eliminar uma longa lista de regulamentações. (No final, os interesses do petróleo e do gás doaram cerca de US$ 75 milhões para a campanha de reeleição de Trump).

“É um time dos sonhos de proporções inimagináveis”, disse Hamm depois que Trump nomeou Wright como secretário de Energia e outro aliado, Burgum, como secretário do Interior.

Um zumbido mecânico, misturado com o barulho de aço, ecoou em uma noite recente no centro de Wyoming. Este local, onde veados-mula e antílopes-americanos superam os humanos em número, é onde a Continental e outras empresas esperam perfurar até 5 mil poços.

Talvez nenhum lugar demonstre melhor o que Hamm conquistou desde que Trump voltou ao cargo.

O Departamento do Interior aprovou o projeto pela primeira vez no final de 2020.

Mas depois que grupos locais entraram com uma ação judicial, um juiz federal bloqueou todas as novas licenças, alegando que o governo não havia avaliado adequadamente como a perfuração afetaria o meio ambiente. (O governo federal é proprietário de muitos depósitos subterrâneos de petróleo e gás e, portanto, controla o licenciamento, embora muitas vezes os terrenos sejam de propriedade de particulares).

Isso foi mais do que apenas uma frustração para Hamm: o Bakken, em Dakota do Norte, a força vital da Continental, estava em declínio, e a empresa precisava de novos alvos.

Com Trump de volta ao poder, a Continental e outras empresas agiram rapidamente para contornar os obstáculos. Elas apresentaram um relatório de um consultor contratado que concluía que a perfuração de petróleo não afetaria as águas subterrâneas.

Em uma segunda frente, a Continental e seus aliados solicitaram ao Departamento do Interior que abrisse mais terras federais para arrendamento em Wyoming e em outros lugares e acelerasse as avaliações ambientais relacionadas.

Hamm, é claro, tinha um aliado próximo em Burgum, que, como secretário do Interior, supervisiona o arrendamento de petróleo e gás.

Na primavera passada, as barreiras às ambições de Hamm foram repentinamente removidas. Em abril, o Bureau of Land Management (Departamento de Gestão de Terras) do Departamento do Interior endossou o relatório da indústria sobre as águas subterrâneas.

Naquele mesmo mês, Burgum anunciou que sua agência estava reduzindo o que às vezes era uma análise de vários anos para licenças em terras federais em todo o país para no máximo 28 dias.

O departamento afirmou que não fez nenhum favor especial a Hamm. “Os esforços para melhorar a eficiência do licenciamento são de longa data e baseados na política da agência - não em qualquer indivíduo ou empresa”, disse Alyse Sharpe, porta-voz da agência, em um comunicado. Ela também disse que os especialistas da agência “analisaram de forma independente” os dados sobre águas subterrâneas financiados pela indústria.

Os benefícios para a Continental eram claros. Em agosto, o Departamento do Interior começou a emitir dezenas de novas licenças para a empresa de Hamm perfurar no condado de Converse, em Wyoming.

A produção da Continental em Wyoming atingiu um recorde no final deste ano. A iniciativa gerou opiniões contraditórias entre os residentes de longa data.

“O problema é que, quando há petróleo, ninguém que eu conheci decidiu simplesmente deixá-lo no solo”, disse Maria Katherman, que cresceu em um rancho próximo e agora faz parte de um grupo que está entrando com uma ação judicial para bloquear o novo projeto.

Essas licenças de perfuração são apenas o começo.

Uma taxa especial da era Biden sobre as emissões de metano - que penaliza as empresas que emitem grandes quantidades do poluente - foi suspensa, economizando centenas de milhões de dólares para empresas petrolíferas como a Continental na próxima década.

Outros itens no topo da lista de desejos de Hamm incluíam reverter políticas que obrigavam os fabricantes de automóveis a construir mais veículos elétricos e híbridos; e aumentar os incentivos fiscais para as empresas petrolíferas bombearem dióxido de carbono para o subsolo para prolongar a vida útil da agricultura.

Ainda existem alguns obstáculos significativos para a Continental, incluindo as tarifas mais altas da era Trump, que elevaram os preços dos equipamentos de perfuração. Mas Hamm está feliz com seu amigo de volta à Casa Branca.

“Estamos em uma posição muito boa nos EUA”, disse Hamm a executivos do setor petrolífero este ano. “Estamos na era da abundância.”

IstoÉ Dinheiro - SP   16/12/2025

A Petrobras informou que a greve nacional dos trabalhadores, deflagrada à zero hora desta segunda-feira, 15, não afeta a produção de petróleo e derivados. “A Petrobras adotou medidas de contingência para assegurar a continuidade das operações e reforça que o abastecimento ao mercado está garantido”, diz o comunicado.

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação, por tempo indeterminado, teve adesão nas unidades da estatal em todo o País.

Ainda na madrugada, o movimento começou com a entrega da operação das plataformas do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência da empresa, além da participação integral dos trabalhadores do Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas.

Já às 7 horas, empregados de seis refinarias vinculadas à FUP não teriam realizado a troca de turno – procedimento em que não ocorre a passagem formal da operação para a equipe seguinte, impedindo o revezamento regular e exigindo o acionamento do plano de contingência, conforme os protocolos de segurança.

A mesma situação ocorreu nas refinarias Regap (Betim/MG), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Replan (Paulínia/SP), Recap (Mauá/SP), Revap (São José dos Campos/SP) e Repar (Araucária/PR), segundo a FUP.

A FUP afirma que houve repressão ao direito constitucional de greve durante mobilização na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro.

A Petrobras, por sua vez, diz que respeita o direito de manifestação dos empregados e mantém canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas.

A greve tem três eixos centrais: a distribuição justa da riqueza gerada pela Petrobras; o fim dos Planos de Equacionamento de Déficits (PEDs) da Petros, fundo de pensão da categoria; e o reconhecimento da pauta do Brasil Soberano, com a suspensão de desinvestimentos e demissões no setor de exploração e produção (E&P).

A Petrobras afirma que segue empenhada em concluir o acordo na mesa de negociação com as entidades sindicais.

TN Petróleo - RJ   16/12/2025

Na última semana, o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram o Caderno de Gás Natural do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035). O documento projeta um avanço significativo na produção nacional de gás, impulsionado sobretudo pelo pré-sal e por novas iniciativas com processamento offshore, como o Sergipe Águas Profundas (Seap).

Considerado um dos empreendimentos mais aguardados do setor energético brasileiro e apontado como transformador para a economia de Sergipe, o Seap vem sendo acompanhado de perto pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). O gestor da Sedetec, Valmor Barbosa, afirma que o Estado vem concentrando esforços para atrair indústrias que utilizem o gás do Seap. “A chegada dos royalties e o escoamento do gás abrirão oportunidades para a instalação de novas plantas industriais e outros empreendimentos intensivos em consumo energético, como a possível geração termelétrica para atender a um data center, por exemplo”, destaca.

O projeto, cujo prazo de início das operações foi recentemente confirmado pela Petrobras para 2030, deve contribuir para o balanço superavitário de gás natural no país. Segundo o estudo do PDE, a produção líquida de gás natural deve crescer 95% e a oferta potencial cerca de 85% até 2035. Nesse contexto, figura o Seap, estruturado em dois módulos operacionais na Bacia Sergipe-Alagoas e com capacidade de processar 120 mil barris de petróleo por dia e até 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente. O projeto contempla ainda a implantação de um gasoduto com capacidade de escoar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia, ampliando significativamente a infraestrutura de transporte e a oferta energética nacional. A manutenção do prazo de início das operações do Sergipe Águas Profundas foi reforçado pela Petrobras durante a apresentação oficial de seu Plano de Negócios 2026–2030.

No planejamento da estatal, o gasoduto de Sergipe é visto como a conexão que levará uma nova fonte de gás natural ao Nordeste e a outras regiões do país, fortalecendo a concorrência no mercado e reduzindo a dependência de GNL e de importações. Parte do gás produzido no Seap deverá atender usinas termelétricas, unidades de fertilizantes e indústrias de alto consumo energético, enquanto outra parcela deve ampliar a oferta no mercado por meio de contratos firmes ou sazonais, dando à estatal mais flexibilidade comercial. A companhia também avalia que o gasoduto pode estimular novos investimentos privados em infraestrutura.

Andamento do projeto

No fim de novembro, a Petrobras validou a proposta técnica da holandesa SBM Offshore para construir e operar os dois navios-plataforma (FPSOs), que serão responsáveis pela produção de petróleo e gás nos módulos Seap I e Seap II. A companhia apresentou a proposta mais competitiva, destacando-se em relação às proponentes Shapoorji (Índia) e Modec (Japão). Todo o andamento do projeto Seap segue sendo monitorado de perto pelo Governo de Sergipe, que mantém articulação constante para assegurar seu progresso.

RODOVIÁRIO

Grandes Construções - SP   16/12/2025

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já executou 85,2% da duplicação da BR-116/RS, entre os municípios de Guaíba e Pelotas.

Esse percentual representa a entrega à população de 180 quilômetros dos 211,2 que compõem o empreendimento. O projeto inclui melhorias, como travessias urbanas, pistas laterais, retornos operacionais, pontes e viadutos. O empreendimento contemplado no Novo PAC, tem investimento total de R$ 1,6 bilhão do Governo Federal.

A obra é considerada de extrema importância por fazer a ligação entre a Região Metropolitana de Porto Alegre e os portos de Rio Grande e Pelotas, formando um corredor para o escoamento da produção agrícola e onde estão localizados vários pontos turísticos na região sul do estado.

Atualmente, estão sendo erguidos viadutos nos dois acessos ao município de Camaquã, no km 397,9 e no km 400,7 da rodovia. No trevo norte, que faz ligação com a cidade de Arambaré, todas as vigas estão prontas e serão içadas, após a construção das travessas.

Já no trevo sul, a estrutura está praticamente concluída, sendo que todas as vigas foram lançadas e, no momento, o trabalho está concentrado nos aterros das cabeceiras, na finalização do tabuleiro e pista de rolamento, além de implementação dos guardas-corpos e outros elementos de segurança.

No trecho, foi iniciada a construção da segunda parte da passagem inferior localizada no km 399,7, o que possibilitará a ligação entre a localidade Banhado do Colégio e o bairro Getúlio Vargas de forma segura. Recentemente, também foi liberado o tráfego em duas pontes: sobre os arroios Duro e do Passinho.

Entre o km 422,40 e o km 427, que inclui o núcleo urbano de Cristal, também estão ocorrendo intervenções. Para ampliar a segurança no trânsito, o trecho está recebendo ruas laterais que estão em fase de terraplanagem e aplicação de base. As novas vias permitirão, inclusive, o acesso à nova ponte sobre o Rio Camaquã que está praticamente finalizada.

Além disso, segmentos em São Lourenço do Sul (do km 455 ao km 456,1), Turuçu (do km 487,6 ao km 488,4) e Pelotas (do km 509,4 ao km 511,1) contam com frentes de obras executando diferentes etapas de pavimentação e drenagem, garantindo a conclusão dos serviços nessas localidades.

Importância – O projeto de duplicação da BR-116/RS incorpora uma série de melhorias, como travessias urbanas, ruas laterais, retornos operacionais, pontes, viadutos e passarelas.

A intervenção beneficia diretamente 12 municípios da região Sul do estado. No trecho contemplado no projeto, circulam diariamente cerca de 3,8 mil caminhões de carga e mais de 2,2 mil veículos de passeio.

Quando concluída, a obra aumentará significativamente a segurança e a organização do tráfego nas áreas urbanas, além de fortalecer o escoamento da produção nacional pelos corredores rodoviários que conectam o Brasil aos países sul-americanos.

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