O Estado de S.Paulo - SP 07/05/2025
Parece até simples o dilema que o Copom terá pela frente ao fim da sua reunião de hoje, conforme a maioria dos analistas: será a derradeira alta do atual ciclo de aperto monetário ou ainda haverá um último ajuste em junho? A taxa final da Selic ficará em 14,75% ou 15%?
O desafio com que se depara o Copom é exatamente o mesmo de outras autoridades monetárias do mundo, que é avaliar quão inflacionária ou recessiva será a política de tarifas de importação adotada por Donald Trump. Como não dá para antecipar desde já a decisão final sobre o nível tarifário que será cobrado de cada país, em especial da China, diante das muitas idas e vindas do presidente americano, o que resta, neste momento, são apenas incertezas.
E incerteza maior costuma deprimir a atividade econômica. Com isso, todos os bancos centrais consideram que vão ter de trabalhar com condições financeiras mais frouxas. Ou seja, aqueles que já estavam em ciclo de cortes de juros agora admitem que vão ter de reduzir mais ainda a taxa básica. Quem achava que iria deixar a política monetária num nível mais restritivo, agora admite deixá-la neutra. No caso do Brasil, que segue subindo a Selic, talvez o tamanho total da alta de juros tenha de ser menor do que o inicialmente projetado.
Como as condições domésticas estão praticamente inalteradas desde a última decisão do Copom (incipiente desaceleração da atividade econômica, inflação corrente em patamar desconfortável e expectativas inflacionárias muito acima da meta), a história desta reunião resume-se em julgar como as mudanças nos eventos externos afetaram a economia brasileira. Um exemplo disso foi a queda no preço do petróleo, de US$ 70 para cerca de US$ 61, mais um alívio à inflação. Outro foi o dólar: ainda comportado, subindo de R$ 5,65, no Copom de março, para a faixa de R$ 5,71.
O que esperar, então, deste Copom? Uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 14,75%, com o comunicado deixando em aberto a decisão de junho. Dependendo do que ocorrer até lá, outra alta de 0,25 ponto estaria na mesa, com a taxa terminal em 15%. Mas não dá para descartar uma sinalização de que a elevação de 0,50 ponto seja a última, tampouco que esse ajuste poderá ser dividido em dois de 0,25 ponto, um agora e outro em junho.
Seja como for, a conclusão é de que a incerteza com a economia global fez com que o fim do ciclo de alta de juros no Brasil chegasse antes do que se imaginava. Mas, se o mercado considerar que o fim do aperto foi prematuro, o trabalho do Copom ficará mais difícil.
Money Times - SP 07/05/2025
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou nesta terça-feira (6) que o governo norte-americano está em “estado de alerta” diante do esgotamento da capacidade de empréstimo sob o teto da dívida federal.
Em audiência na Câmara dos Deputados, ele assegurou que o país seguirá cumprindo suas obrigações financeiras e descartou o uso de “artifícios” para contornar a limitação legal. Segundo Bessent, o Congresso acabará aumentando ou suspendendo novamente o teto da dívida.
Durante a mesma audiência no Comitê de Apropriações da Câmara, Bessent também abordou o desempenho recente da economia dos EUA. Apesar da contração de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre — a primeira em três anos —, ele afirmou não ver sinais de recessão.
O secretário destacou que os dados econômicos são frequentemente revisados e sinalizou que espera uma revisão para cima dos números divulgados pelo Departamento de Comércio. “Depois de examinar uma análise detalhada, acredito que teremos uma revisão positiva”, disse, sem entrar em detalhes.
Além das questões fiscais e econômicas internas, Bessent adiantou que o governo Trump poderá anunciar ainda nesta semana acordos comerciais com alguns dos principais parceiros comerciais dos EUA. Embora não tenha especificado quais países estão envolvidos, ele mencionou que há negociações em andamento com 17 nações, com destaque para Índia e Japão como possíveis primeiros signatários. Ele acrescentou que, até o final do ano, espera concluir entre 80% e 90% desses acordos.
Entretanto, a China ainda está fora dessas tratativas. Segundo Bessent, as autoridades norte-americanas mantêm contato com representantes chineses, mas não há planos de conversa direta entre o presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping nesta semana.
“Eles querem muito fazer um acordo. Veremos como isso vai se desenrolar, mas tem que ser um acordo justo”, afirmou Trump em entrevista à NBC News no domingo.
As negociações ocorrem em meio a um ambiente de tensões comerciais intensificadas. Desde abril, os EUA impuseram uma tarifa de 10% sobre produtos da maioria dos países e aplicaram tarifas ainda mais elevadas sobre automóveis, aço e alumínio, além de tarifas específicas de 25% sobre Canadá e México, e de até 145% sobre produtos chineses.
Bessent afirmou que cerca de 97% do déficit comercial norte-americano se concentra em 15 grandes parceiros comerciais e que o governo busca reduções substanciais em tarifas, barreiras não tarifárias, manipulação cambial e subsídios.
“Eu ficaria surpreso se não tivermos mais de 80% ou 90% desses acordos concluídos até o final do ano”, disse o secretário. “Talvez já nesta semana tenhamos anúncios importantes.”
IstoÉ Dinheiro - SP 07/05/2025
A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex) divulgará nesta quarta-feira, 7, os dados da balança comercial de abril de 2025. As informações serão publicadas às 15h e, a partir das 15h15, haverá entrevista coletiva com a participação do diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, e do coordenador-Geral de Estatísticas, Saulo Castro.
Segundo o Projeções Broadcast, a mediana das estimativas do mercado indica superávit comercial de US$ 8,300 bilhões em abril, após saldo positivo de US$ 8,155 bilhões em março. As projeções variam de US$ 7,80 bilhões a US$ 10 bilhões.
Globo Online - RJ 07/05/2025
Nestes primeiros quatro meses do ano, o ambiente na economia já mudou várias vezes. E é com a sensação de absoluta incerteza que os dois bancos centrais, do Brasil e dos Estados Unidos, iniciam hoje a reunião de dois dias para definir a taxa de juros. Provavelmente, a decisão será elevar meio ponto percentual aqui, e manter os juros estáveis lá, apesar da pressão de Donald Trump, que quer novos cortes. O mais importante será observar os recados que estarão nos comunicados. Quando vão parar de subir aqui, quando voltarão a cair na economia americana?
Metade do mercado acha que no Brasil para por aí, no estratosférico patamar de 14,75%, uma taxa maior do que quando o país enfrentava, dez anos atrás, uma inflação em torno de dois dígitos. A outra metade acha que haverá em junho uma nova alta para chegar em 15% ou 15,25%.
— De janeiro a abril, houve uma instabilidade global gigante, econômica e financeira. No começo, o mercado achava que Trump não ia fazer nada, era só discurso. Isso mudou em fevereiro, quando o Fed começou a falar em PIB negativo. Em março, teve o “liberation day” e o pessoal começou a dizer: ‘Acho que esse cara está falando sério’. Em abril, foi o caos porque as tarifas foram muito maiores do que se imaginava. Foram quatro meses de instabilidade — descreve Roberto Padovani, economista-chefe do BV.
Na reunião de abril do FMI, quando os bancos se encontraram, os economistas passaram a dizer que a política econômica de Trump não deu certo e isto está levando o capital a fugir dos Estados Unidos.
— Os Estados Unidos estão sendo vistos como um país institucionalmente frágil e deixaram de ser aquele porto seguro. E o capital vai sair para onde? A China está no meio da guerra comercial, a Rússia é um país de alto risco. Turquia e África do Sul, países desorganizados. O México pode sofrer mais o impacto da guerra comercial, há muitas dúvidas sobre o futuro da Argentina, e o ouro já está caro demais. O fato é que sobraram a Índia e o Brasil e, nas últimas duas semanas, vimos uma euforia em relação ao Brasil — diz Padovani.
A dívida pública brasileira está alta, mas a verdade é que ela subiu no mundo inteiro e a Europa está elevando gastos para investir em segurança. No Brasil, o grande problema é no nível de 14,75%, que é provavelmente o patamar que vai prevalecer a partir de amanhã, as pequenas empresas terão dificuldades de pagar suas dívidas, o endividamento das famílias vai aumentar, o custo da dívida pública fica alto demais.
O dólar subiu ontem, mas tem caído em parte por esse movimento de entrada de investidores estrangeiros. A queda pode ajudar a baixar a inflação mais rapidamente do que se esperava. Mas a inflação de serviços permanece alta, em torno de 7%. O índice acumulado em 12 meses está acelerando. Foi de 4,56% em janeiro, para 5,06% em fevereiro e para 5,48% em março. O IPCA de abril será divulgado pelo IBGE na sexta-feira e deve ficar em torno de 0,41%, levando a inflação de 12 meses para 5,51%.
Os relatórios dos bancos que projetam que haverá outra alta em junho, de pelo menos 0,25 ponto percentual, lembram que diretores do BC têm dito que a economia não está desacelerando, apesar do choque de juros. Alguns bancos estão até revendo ligeiramente para cima a previsão de crescimento do ano.
Mas, então, se o capital está correndo atrás de boa rentabilidade, o Brasil oferece isso e tem atraído investidores, pode-se dizer que está tudo bem? Não.
— Estou preocupado porque o cenário é muito complicado. A economia americana está indo para a recessão, com um cara que está mudando a leitura institucional dos Estados Unidos e está invertendo a lógica do comércio global. E isso não é bom para os emergentes — diz Padovani.
Os bancos centrais estão com as armas da política monetária querendo evitar que a inflação permaneça acima da meta. Mas o que está acontecendo em volta é mais desorganizador. E contra isso há pouco a fazer. A conta começa a chegar para Trump. A Apple vai ter um custo extra de quase US$ 1 bilhão com as novas tarifas, as vendas do McDonald´s despencaram no mundo, o euro subiu 8,4% frente ao dólar, as bolsas americanas perderam US$ 5 trilhões. A realidade bate à porta. O problema é que Donald Trump é impermeável aos fatos e não reconhece seus erros.
CNN Brasil - SP 07/05/2025
A China, segunda maior economia do mundo, tem preocupado analistas e investidores ao interromper a divulgação de centenas de indicadores econômicos. Segundo informações do Wall Street Journal, Pequim parou de publicar dados que antes eram amplamente utilizados por pesquisadores, investidores e jornalistas para avaliar o desempenho econômico do país.
É um impacto perigosíssimo, porque nós estamos falando da segunda maior economia do mundo. E a China, na medida que vai desacelerando, vai limitando a informação.
Entre os dados que deixaram de ser divulgados estão a taxa de desemprego entre os jovens, que em meados de 2023 havia atingido um alarmante patamar acima de 20%. Além disso, após problemas no setor imobiliário em 2022, com a concordata da Evergrande nos Estados Unidos, o governo chinês parou de divulgar os números desse setor.
A falta de transparência tem levado a divergências significativas nas estimativas de crescimento econômico da China. Enquanto o governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento do PIB de 5%, o Goldman Sachs estima um crescimento de 3,7%, e o Rodin Institute, de Nova York, aponta para apenas 2,4%.
A situação chegou a tal ponto que até mesmo dados sobre a produção e consumo de shoyu, um ingrediente muito utilizado pelas famílias chinesas, foram suprimidos. Essa falta de informações confiáveis dificulta a análise precisa da situação econômica do país e seu impacto no cenário global.
Os poucos dados divulgados já causam preocupação. O PMI chinês, índice que mede a atividade industrial, teve a maior retração dos últimos 16 meses. Já o PMI do setor de serviços registrou a maior queda em sete meses.
A falta de transparência da China em relação aos seus indicadores econômicos cria um cenário de incerteza para o mercado global. À medida que os números se tornam desfavoráveis, o governo chinês parece optar por ocultar informações, dificultando uma avaliação precisa da saúde econômica do país e seus possíveis impactos na economia mundial.
O Estado de S.Paulo - SP 07/05/2025
O Comitê de Política Monetária (Copom) não deve renovar seu forward guidance (instrumento em que o banco central guia o que esperar da política de juros futura) na decisão desta quarta-feira, 7. Economistas esperam que o colegiado evite sinalizações sobre as próximas decisões, diante da escalada da incerteza no cenário externo desde o anúncio de várias tarifas pelos Estados Unidos. Com isso, o balanço de riscos para a inflação vai ser observado de perto, para calibrar as expectativas futuras.
O colegiado já aumentou a Selic em 3,75 pontos porcentuais desde setembro, quando retomou o ciclo de aperto monetário - inclusive com três elevações consecutivas de 1 ponto cada, entre dezembro e março. Na última reunião, o Copom indicou uma nova alta, mas “de menor magnitude”, neste encontro. As medianas do Focus e da mais recente pesquisa Projeções Broadcast sugerem uma alta de 0,5 ponto esta semana, para 14,75%.
A principal dúvida diz respeito à sinalização futura. No fim de abril, vários diretores do Banco Central sinalizaram que a escalada da incerteza torna um forward guidance infrutífero neste momento, e que as próximas decisões devem ficar em aberto. O presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, disse na última terça-feira, 29, que é preciso ganhar mais graus de flexibilidade na política monetária.
“O mais provável é o BC usar a mesma estratégia que usou no fim do ciclo de aperto passado, e dizer que vai ‘avaliar a necessidade de um novo ajuste na próxima reunião’”, diz o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano. “Isso casa tanto com a manutenção de um balanço de riscos assimétrico quanto com um balanço simétrico. O mais provável seria ele manter a assimetria no balanço.”
O Copom tem mantido o seu balanço de riscos assimétrico para cima, indicando que é mais provável que o IPCA fique acima das suas projeções do que abaixo. Uma eventual mudança nesse equilíbrio poderia indicar menor disposição de um novo aumento da taxa na reunião de junho, segundo Serrano. Se o balanço permanecer assimétrico para cima, essa elevação ganharia probabilidade.
Analistas do mercado já esperam uma queda de 0,1 a 0,2 ponto porcentual nas projeções de inflação do Comitê para 2025 (5,1%) e 2026 (3,7%), que agora se torna o horizonte relevante. Nos últimos 45 dias, o dólar caiu de R$ 5,80 para R$ 5,70, pela metodologia usada pelo Copom.
Os preços das commodities recuaram. As medianas do Focus para o IPCA ficaram praticamente estáveis, com uma baixa marginal na expectativa para 2025, mas a inflação corrente continua pressionada.
Em linhas gerais, também se formou uma opinião no mercado de que o tarifaço anunciado pelos EUA tende a produzir efeitos desinflacionários para o Brasil. Além da queda dos preços de commodities e do dólar, pesa nesse cenário a avaliação de que as exportações chinesas antes destinadas aos EUA vão ser ofertadas ao resto do mundo, promovendo uma queda nos preços de bens industriais.
O economista-chefe da Ágora Investimentos, Dalton Gardimam, destaca que o colegiado tem de comprar graus de flexibilidade, para observar os efeitos do aperto monetário já feito e os desdobramentos do cenário externo.
As tarifas dos EUA já produziram algum efeito desinflacionário via dólar e commodities, mas o tamanho do impacto que isso terá no processo de convergência do IPCA ao centro da meta ainda é incerto.
“O BC pode ter de trazer o benefício da dúvida, porque temos uma enormidade de variâncias em jogo: choque desinflacionário, preços de petróleo despencando, a possível inundação de produtos chineses no mundo, o dólar americano caindo, e tudo ao mesmo tempo”, diz Gardimam. “Isso é uma tempestade, é uma tsunami. O BC tem razão de importar essa preocupação.”
Gardimam espera que uma elevação de 0,5 ponto na Selic nesta quarta-feira, para 14,75%, seguida por uma manutenção dos juros neste nível. Na avaliação dele, é possível que o Copom tenha espaço para começar a cortar os juros já no fim deste ano.
Para Thais Zara, economista-sênior da LCA 4Intelligence, o mais provável é o BC aumentar a Selic em 0,5 ponto porcentual nesta reunião e deixar as próximas decisões em aberto, de forma a observar a evolução do cenário. Ela espera que o balanço de riscos para a inflação permaneça assimétrico, de forma a justificar um aumento final de 0,25 ponto em junho, mas reconhece a chance de o ciclo ser encerrado já nesta quarta-feira.
“Se o câmbio depreciar até junho, por questões como algum aumento da aversão ao risco nos mercados financeiros ou alguma questão doméstica, o BC ficaria com espaço para mais uma alta. Mas, se tivermos uma evolução mais favorável, se observarmos o vetor desinflacionário ajudando na convergência da inflação, ele pode não exercer essa opção”, afirma.
Serrano, do BMG, considera que o encerramento do ciclo com a Selic em 14,75% é o mais provável, enquanto o BC aguarda para observar a evolução do cenário externo. “No segundo semestre, nós podemos ver uma desaceleração global mais forte, uma redução dos juros nas economias centrais e uma intensificação da desaceleração doméstica. Isso combinado reforça um cenário de acomodação e começa a indicar que o IPCA de 2026 pode ficar abaixo do teto da meta”, diz o analista.
Infomoney - SP 07/05/2025
O mercado financeiro aguarda nesta quarta-feira (7) o anúncio das novas taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos. A expectativa para esta Super Quarta é que os juros no Brasil se elevem 0,5 ponto percentual, chegando a 14,75%. Nos EUA, os juros devem se manter em pausa, em torno de 4,25% e 4,5%.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa de juros foi elevada em um ponto percentual, mas os diretores sinalizaram que os aumentos seguintes seriam em menor magnitude. A grande maioria dos agentes do mercado aposta em um aumento de meio ponto porque a economia brasileira já dá sinais de desaceleração. Já o início de corte nos juros é esperado para o fim do ano.
Nos Estados Unidos, a expectativa é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantenha a pausa na elevação dos juros, que atualmente estão na margem de 4,25% e 4,5%. A decisão deve se basear nos índices econômicos atuais, que ainda não mostram sinais de recessão, mas demandam cautela na política monetária frente aos impactos da política tarifária implementada por Donald Trump.
Na pesquisa da XP com gestoras de investimentos, 81% dos entrevistados afirmaram apostar no aumento de 0,5 p.p..
A pesquisa também traz mais uma revisão nas expectativas de juros para o final de 2025, que devem ficar na média de 14,75%, segundo as gestoras.
: Gestores voltam a reduzir projeção para a Selic no ano, a 14,75%, diz pesquisa da XP
Para Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital, o aumento dos juros em 0,5 p.p. é compatível com o atual risco inflacionário do país. “Isso reflete a tentativa do Copom de equilibrar o combate à inflação, com sinais crescentes de desaceleração da atividade econômica”, afirma.
Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, cita os dados da economia que podem embasar uma elevação menor, de 0,5 p.p., na taxa Selic. O destaque de Eyng vai para os números do Caged, que mostraram um mercado de trabalho em desaceleração, do IPCA-15 que, apesar de alto, veio dentro do esperado. Ele também cita a divulgação do superávit de R$ 3,6 bilhões e a cotação do dólar que está “menos nervosa após todo alvoroço causado pelas tarifas de Trump”.
Cláudia Moreno, economista do C6 Bank, destaca que houve poucas variações nos indicadores econômicos do Brasil desde a última reunião do Copom. Para ela, isso deve manter a previsão do comitê, que havia sinalizado menor elevação dos juros.
“Quando olhamos as expectativas de inflação e as variações da taxa de câmbio, elas ficaram mais ou menos estáveis. Como a meta dos diretores do BC é desacelerar a economia para segurar a inflação, há espaço para essa redução menor”, explica.
Próximos ajustes na Selic
Para os analistas, os próximos ajustes na Selic deverão ser menores. Flávio Serrano, economista-chefe do Banco BMG, destaca os sinais de que estamos chegando ao fim do ciclo do aperto monetário, como queda na cotação de commodities, pressão sobre mercado de trabalho, e expectativa de inflação estável. Ele diz que o BC irá elevar a Selic para equilibrar os riscos de inflação, e esse movimento deverá ser o último ajuste do ciclo.
Em meio a este cenário, Felipe Uchida acredita que o Copom deverá sinalizar prudência nas próximas reuniões. “A sinalização do Copom deverá vir com um tom mais prudente e condicional, enfatizando que futuras decisões dependerão da convergência efetiva da inflação à meta. Dados como a evolução do IPCA, os núcleos inflacionários, e o desempenho da atividade serão importantes para confirmar uma pausa ou justificar ajustes residuais nas próximas reuniões”, analisa.
Ele afirma que a economia brasileira apresenta resiliência frente aos ciclos de aperto monetário. Na sua avaliação, os dados de empregos mostram criação líquida de novas vagas e os índices de consumo apontam saldo positivo.
Ainda assim, ele pondera que a economia sente o impacto de juros altos por tanto tempo. “Os efeitos da taxa Selic em patamar elevado começam a pesar sobre o crédito, os investimentos e a confiança empresarial. A desaceleração da economia global, somada ao impacto das tarifas americanas, tende a frear ainda mais o dinamismo interno. Isso reforça o desafio do Banco Central de calibrar sua política sem agravar excessivamente a desaceleração”, avalia Uchida.
Para o Banco Pine, a Selic deverá se manter no patamar de 14,75%, por mais um período. A estimativa é que ela comece a cair no quarto trimestre de 2025.
Juros nos EUA
O cenário econômico dos EUA é de alta da inflação, que começou a ser atacada pelo Fed em 2022 com elevações consecutivas dos juros, seguidas de cortes e pausa. Atualmente, inflação americana está acima da meta e a taxa de juros tenta segurar os índices.
Além disso, a guerra tarifária trouxe impactos na economia americana, avaliam os especialistas. O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Bradesco projeta um forte viés inflacionário, com impacto negativo no PIB americano.
“O mercado de trabalho deve desacelerar gradualmente, permitindo ao Fed sustentar a taxa de juros nos atuais patamares nas próximas reuniões, até ter mais clareza sobre os impactos da disputa comercial dos EUA”, afirma a instituição.
Para Sidney Lima, analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, o Fomc deverá adotar uma postura equilibrada, observando os impactos das tarifas na economia. Ele destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA recuou 0,3% no primeiro trimestre, o que acendeu um sinal de alerta para uma possível recessão técnica.
Outro ponto de atenção é o mercado de trabalho, que teve crescimento nos pedidos de auxílio-desemprego, apesar da criação de vagas acima do esperado em abril. Já o índice PCE, que acompanha a inflação do consumo, mostrou que os preços continuam pressionados.
“O Fomc deverá sinalizar uma preocupação tanto com os riscos inflacionários quanto com a possibilidade de desaceleração econômica mais acentuada. Seria imprudente apertar ainda mais a política monetária neste momento. Portanto, o mais provável é que o Fed mantenha a taxa de juros, ao mesmo tempo em que observa os efeitos das tarifas sobre preços, consumo e produção nos próximos meses”, afirma Lima.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, destaca a cotação do dólar, que tem perdido força frente a outras moedas, o que pode indicar fuga de capital dos EUA. “É quase como se eles enxergassem um risco maior de investimento nos EUA, priorizando outros mercados”. Neste cenário, o Fed deve focar em uma tentativa maior de controle da inflação para garantir que a atividade econômica volte a crescer no médio prazo.
A S&P estima que o Fed vai começar a diminuir os juros no quarto trimestre de 2025 em 0,50 p.p., quando o risco de aumento de desemprego deverá superar os riscos da inflação.
A Moody’s também estima corte na taxa de juros ainda este ano devido à desaceleração da economia causada pelo tarifaço.
Impacto no Brasil
A política tarifária americana tem impacto direto no Brasil. No mercado financeiro, os ativos norte-americanos se tornam mais atrativos quando o Fed mantém os juros elevados, o que provoca uma fuga de capital dos países emergentes. “Esse movimento pressiona o real, aumenta o custo do financiamento externo e pode levar à elevação da inflação via câmbio, principalmente nos preços de produtos importados. Além disso, um dólar mais forte torna as commodities, como minério e petróleo, mais caras em moeda local, afetando empresas exportadoras e consumidores brasileiros”, diz Lima.
Na política de juros, as decisões do Fed sinalizam os humores do mercado norte-americano e, quanto mais cauteloso, maiores as chances de o Brasil replicar os cuidados.
“Se o Fed sinalizasse uma eventual flexibilização dos juros no curto prazo, o que neste momento parece improvável, isso abriria espaço para o Banco Central do Brasil adotar uma postura menos conservadora, talvez antecipando um ciclo de queda na Selic. Mas, no cenário atual, com o Fed ainda em posição vigilante e os EUA enfrentando o impacto do tarifaço, o Brasil deve seguir cauteloso e restritivo quando o assunto é Selic”, explica Sidney Lima.
Infomoney - SP 07/05/2025
O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou para um nível recorde em março, uma vez que as empresas ampliaram as importações de mercadorias antes das tarifas, o que levou o Produto Interno Bruto a contrair no primeiro trimestre pela primeira vez em três anos.
O déficit comercial aumentou 14,0%, atingindo o recorde de US$140,5 bilhões, em comparação com US$123,2 bilhões em fevereiro em dado revisado, informou o Escritório de Análise Econômica (BEA) do Departamento de Comércio nesta terça-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam que o déficit comercial aumentaria para US$137,0 bilhões, em comparação com os US$122,7 bilhões relatados anteriormente em fevereiro.
As tarifas do presidente Donald Trump, incluindo o aumento das taxas sobre as importações chinesas para 145%, alimentaram uma corrida das empresas para importar mercadorias a fim de evitar custos mais altos.
Embora as tarifas recíprocas com a maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos tenham sido suspensas por 90 dias, as tarifas sobre os produtos chineses entraram em vigor no início de abril, desencadeando uma guerra comercial com Pequim.
As importações aumentaram 4,4% em março, atingindo o recorde histórico de US$419,0 bilhões, sendo que as de bens cresceram 5,4%, para um recorde de US$346,8 bilhões. As exportações subiram 0,2%, para US$278,5 bilhões, também um recorde. As exportações de bens tiveram alta de 0,7%, chegando a US$183,2 bilhões.
O governo informou na semana passada que o déficit comercial cortou um recorde de 4,83 pontos percentuais do PIB no último trimestre, resultando na contração da economia a uma taxa anualizada de 0,3%, a primeira queda desde o primeiro trimestre de 2022.
Economistas preveem que a enxurrada de importações diminua até maio, o que poderia ajudar o PIB a se recuperar no segundo trimestre.
CNN Brasil - SP 07/05/2025
O setor mineral foi o principal responsável pelo superávit da balança comercial brasileira no primeiro trimestre de 2025.
Entre janeiro e março, o saldo da balança mineral somou US$ 7,68 bilhões, o equivalente a 77% do superávit total da balança comercial do país no período, que foi de US$ 9,98 bilhões.
As exportações minerais atingiram US$ 9,3 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 1,6 bilhão nos três primeiros meses do ano.
A China foi o principal destino do minério brasileiro, respondendo por 68% das exportações do setor. Já as importações vieram principalmente dos Estados Unidos (20,8%), Rússia (19,3%), Austrália (11,5%) e Canadá (9,3%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
Segundo o instituto, o faturamento do setor no trimestre foi de R$ 73,8 bilhões, alta de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024. O minério de ferro respondeu por 53% desse total.
Além disso, o setor mineral gerou mais de 2 mil novos empregos neste ano e arrecadou R$ 25,5 bilhões em impostos e tributos, um crescimento de cerca de 8%.
Para Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, o desempenho do setor deve se manter estável em relação a 2024, mesmo diante das incertezas nos mercados globais.
Ele avalia que a adoção de medidas protecionistas por Donald Trump, não deve impactar significativamente as exportações brasileiras, já que o país norte-americano não é um dos principais compradores de minerais do Brasil.
Exame - SP 07/05/2025
O mercado de carros elétricos vive uma transição turbulenta. Enquanto a Tesla perde fôlego nos Estados Unidos, uma nova leva de concorrentes tenta preencher o vazio — com menos polêmica, mais engenharia, e muito dinheiro em jogo.
A Rivian é hoje o nome mais promissor entre eles.
Fundada em 2009 por RJ Scaringe, engenheiro formado pelo MIT, a Rivian fabrica SUVs e picapes elétricas com um apelo diferente: menos “futurismo” e mais funcionalidade. O plano da empresa é simples — e ambicioso: “Queremos ser a escolha de quem cansou da conversa e só quer um bom carro”, afirmou Scaringe à Bloomberg.
Agora, a Rivian acaba de anunciar um investimento de 120 milhões de dólares (cerca de 680 milhões de reais) para construir um novo parque de fornecedores no estado de Illinois.
A medida faz parte da reestruturação industrial da companhia, que também transferiu para o mesmo estado a produção do seu SUV de entrada, o R2, antes prevista para a Geórgia.
“Temos que entregar carros que o consumidor quer, e isso inclui preço acessível, design único e zero enrolação com promessas de carro autônomo que nunca chegam”, disse Scaringe.
O futuro imediato da empresa passa por destravar a produção em massa.
Com o novo parque industrial e o reaproveitamento de uma antiga fábrica da Mitsubishi, a meta da Rivian é começar a produzir o R2 no primeiro semestre de 2026. A promessa é um modelo mais barato, prático e, ainda assim, com o DNA robusto da marca.
Um "anti-Tesla" com seguidores fiéis
Em vez de memes e polêmicas nas redes sociais, os fãs da Rivian trocam dicas sobre pneus e barracas de teto. São motoristas que cansaram, principalmente, das polêmicas da Tesla.
Um deles, Chris Hilbert, contou à Bloomberg que trocou seu Model X por um Rivian R1S — e não se arrepende.
“A Rivian é o oposto da Tesla. O carro é bom, entrega o que promete e a comunidade é saudável. Ninguém aqui está investindo em ações, estamos só curtindo dirigir.”, disse.
A Rivian virou refúgio de ex-tesleiros desiludidos com Musk. Gente que não quer mais ouvir sobre “robô-táxi” ou “inteligência artificial revolucionária”, e só quer um SUV para levar os filhos para a escola — de preferência, sem precisar parar num posto de gasolina.
Apesar da base fiel e dos novos investimentos, a empresa ainda opera no vermelho.
Em 2022, perdeu 6,8 bilhões de dólares, e já passou por três rodadas de demissões. Os custos altos vieram de um erro clássico: querer fazer o melhor carro possível antes de escalar a produção.
“Nosso custo por veículo era inviável. Agora estamos redesenhando tudo para produzir mais com menos”, contou Scaringe à Bloomberg.
O modelo de software também é uma aposta estratégica. Em vez de comprar sistemas prontos, a Rivian projeta seus próprios computadores e softwares embarcados.
Essa tecnologia chamou a atenção da Volkswagen, que firmou no ano passado uma parceria que pode render até 5 bilhões de dólares à startup — e abrir um novo negócio de licenciamento com outras montadoras.
Produção e novos incentivos
A decisão de mudar a produção do R2 para Illinois foi estratégica — e também política. Com isso, a Rivian garantiu um pacote de incentivos de 827 milhões de dólares do estado. “Tivemos que escolher onde era possível começar mais rápido e mais barato”, explicou Scaringe.
A fábrica planejada na Geórgia foi adiado, e o governador local classificou o atraso como “decepcionante”. Além disso, a empresa resiste à sindicalização — um ponto sensível em negociações com o governo federal, especialmente com os fundos previstos pela Lei de Redução da Inflação.
Se a Rivian vai decolar ou repetir o destino de outras “anti-Teslas” ainda é incerto. Mas há uma coisa que Scaringe não quer repetir: a persona de Elon Musk.
“Queremos construir uma marca de confiança, não um culto à personalidade”, diz.
Enquanto a Tesla aposta tudo em promessas de autonomia total e carros sem volante, a Rivian mira o essencial: vender um SUV elétrico que seja bom, confiável e — quem sabe — barato.
Qual é a história da Rivian
A Rivian nasceu em 2009 com outro nome — Mainstream Motors — e uma proposta inicial bem diferente: criar um SUV esportivo elétrico. O plano não deu certo. Mas o fundador RJ Scaringe, engenheiro mecânico formado pelo MIT, percebeu que havia um buraco no mercado: ninguém fazia SUVs e picapes elétricas para quem queria acampar, explorar trilhas ou simplesmente carregar a família sem gastar gasolina.
Foi aí que a empresa, hoje sediada em Michigan e com operação central em Illinois, mudou o foco. Em 2018, apresentou os protótipos do R1T (uma picape) e do R1S (um SUV de três fileiras).
A proposta chamou atenção de gigantes como a Amazon, que encomendou 100 mil vans elétricas de entrega, e da Ford, que investiu meio bilhão de dólares.
O IPO veio em 2021, com um pico de valorização que colocou a Rivian acima de montadoras tradicionais. Mas o hype virou pressão: em 2022, a empresa viu as ações despencarem e teve que cortar custos. Ainda assim, o R1S terminou 2023 como o SUV elétrico mais vendido nos EUA na sua faixa de preço, segundo a Kelley Blue Book.
Scaringe continua no comando. Nascido na Flórida e apaixonado por carros e natureza, ele criou a Rivian para resolver um dilema pessoal: como dirigir sem destruir o planeta. E, ao que tudo indica, ainda é isso que o move.
Automotive Business - SP 07/05/2025
Representantes dos trabalhadores estão preocupados com os rumos da fábrica da BYD instalada em Camaçari, na Bahia, a qual ainda seguem em construção e que, portanto, ainda segue sem atividades produtivas.
Na segunda-feira, 5, o presidente do sindicato local dos metalúrgicos, Julio Bonfim, divulgou uma nota na qual a entidade expressa receios a respeito da unidade.
Segundo o texto, os trabalhadores temem que a unidade da BYD na Bahia se torne no futuro uma espécie de centro de distribuição de peças e de veículos produzidos na China. E não localmente como se espera.
O que está em jogo é saber se Camaçari será, de fato, um polo industrial de produção de veículos, ou se correremos o risco de nos tornarmos apenas um centro logístico de distribuição de peças e veículos semi-montados vindos da China, diz a nota.
BYD quer incentivos para SKD e CKD na Bahia
Bonfim contou à reportagem da Automotive Business que o sindicato observa alguns indícios de que a ideia de fábrica caia por terra em algum momento. E dê lugar a uma operação logística no local.
Dentre eles, um alto nível de automação que está programado para existir no armazém que será construído na unidade de Camaçari; uma alegada intenção da empresa de aumentar a sua frota de navios de carga como o Explorer #1 e, também, o aumento da capacidade produtiva de uma fábrica da BYD em Zhengzhou, na China, para 1 milhão de unidades/ano.
Mas nenhum deles é mais preocupante, segundo Bonfim, do que o pleito da BYD junto ao Governo Federal de redução fiscal para montagem local de kits em CKD e SKD na Bahia. Assunto que foi trazido à tona pela Anfavea, associação das montadoras com produção local, no começo de abril.
Procurada, a BYD informou que está comprometida com a reindustrialização de Camaçari e o desenvolvimento sustentável da região. Também garante que, com o investimento de R$ 5,5 bilhões, a fábrica terá capacidade inicial para 150 mil veículos por ano.
A operação terá início com a montagem dos veículos, enquanto a planta avança para a produção completa, com nacionalização progressiva dos modelos mais vendidos no Brasil. A estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo do projeto, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China, disse a montadora, em nota.
Fábrica da BYD na Bahia palco de polêmicas
Na quarta-feira, 7, representantes do sindicato e da montadora têm reunião marcada para discutir o futuro da fábrica.
O sindicato dos metalúrgicos continuará atuando com firmeza, cobrando transparência da empresa. Não aceitaremos que o futuro da nossa cidade seja comprometido por estratégias comerciais de importação disfarçadas de industrialização, segue a nota.
Adquirida pela BYD em meados de 2023, a fábrica que pertencia à Ford na Bahia foi alvo recente de uma ação do Ministério Público que resgatou 160 trabalhadores na unidade que viviam em regime análogo à escravidão.
Além disso, a montadora postergou mais de uma vez a inauguração da unidade. A previsão inicial era de que as operações começariam no fim de 2024. Depois, a promessa era do início da montagem em sistema SKD até março, o que também não ocorreu.
O Estado de S.Paulo - SP 07/05/2025
O vai e vem e as incertezas sobre as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao setor automobilístico vem provocando reações de algumas montadoras europeias. Mas um fator é unânime: a crítica à falta de previsibilidade.
Em seu relatório de balanço do primeiro trimestre, a Mercedes-Benz afirma que “não é possível estimar com segurança os impactos” que as tarifas terão em seus resultados financeiros". A preocupação da marca alemã ainda vai além das custos adicionais que afetarão os lucros, as tarifas de retaliação e também a política comercial imprevisível: os efeitos colaterais. A fabricante diz que a confiança do consumidor pode ser afetada.
“Todos esses fatores estão levando a um nível excepcionalmente alto de incerteza em relação ao desenvolvimento futuro dos negócios, o que prejudica significativamente as previsões”, diz a Mercedes em comunicado.
A Stellantis vai pelo mesmo caminho. Com queda de 14% nos lucros e demissão de 900 trabalhadores baseados em suas operações nos EUA, o grupo europeu suspendeu as projeções até então feitas para 2025. A Volkswagen foi mais polida na crítica, mas também afirmou que os lucros ficarão abaixo do previsto inicialmente por causa das “incertezas relacionadas às tarifas”.
Em entrevista à CNN, a CEO da General Motors, Mary Barra, revelou que a montadora sofrerá US$ 5 bilhões – mais de R$ 30 bilhões – em aumentos de custos relacionados a tarifas. Barra também ordenou a interrupção de projeções e também descartou as previsões de vendas e lucro feitas para este ano.
Tarifaço
No final do último mês de março (com validade já para o início de abril), Trump anunciou uma taxa de 25% sobre todos os carros (e autopeças) importados pelos EUA e disse que a proposta iria estimular o crescimento da indústria local. “Nosso mercado de automóveis vai prosperar como nunca antes”, bravou Trump. O presidente dos EUA disse à época que o imposto era de apenas 2,5% e que apenas 25% dos automóveis vendidos nos EUA contavam com peças feitas no país.
Porém, no final do mês passado, Trump voltou atrás em uma das decisões após muitas reclamações das montadoras: as peças. O republicano concedeu um crédito de até 15% do valor dos veículos montados no país. Os créditos poderão compensar os gastos com peças importadas e dar tempo para que às fabricantes e fornecedores usem (ou produzam) itens localmente.
Revista Manutenção e Tecnologia - SP 07/05/2025
A frota de caminhões atingiu 2,24 milhões de unidades em 2024, aumento de 2,8% sobre os 2,18 milhões de veículos em 2023, conforme mostra o relatório da frota circulante divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
Com os 2,24 milhões de unidades, os caminhões tiveram 3,6% de participação no total da frota circulante no Brasil, que atingiu 48,08 milhões de veículos em 2024, aumento de 2,0% em relação aos 47,12 milhões de veículos em circulação no país em 2023.
O Sindipeças destaca que variados fatores explicam o crescimento mais forte da frota brasileira no último ano. “A expansão da atividade econômica – crescimento de 3,4% do PIB –, com indicadores de emprego e renda evidenciando mercado de trabalho aquecido, além de maior oferta de crédito, sobretudo após aprovação do Marco de Garantias (Lei n.º 14.711/2023), estimulou a criação de ambiente favorável à aquisição de veículos novos. Isso ocorreu apesar da elevação dos juros e da maior volatilidade cambial no segundo semestre de 2024. Destaca-se, ainda, que a economia brasileira tem superado as projeções de mercado desde 2022.”
O sindicato ressalta que, para o segmento de caminhões, persiste a necessidade de se colocar em operação o Programa Renovar (Lei n.º 14.440/22) para que se possa reduzir a emissão de gases poluentes e aumentar a segurança nas estradas.
Idade média da frota
Segundo o Sindipeças, a frota brasileira segue envelhecendo, com destaque para os segmentos de automóveis e caminhões. Praticamente estável em 2024, a idade média dos autoveículos alcançou 10 anos e 11 meses, representando um mês a mais, comparativamente ao ano anterior.
A frota de caminhões apresenta claro envelhecimento. Em 2015, 60% da frota tinha até 15 anos; em 2024, essa proporção caiu para 56%, enquanto a faixa acima de 16 anos aumentou de 22% para 32%. “O aumento da faixa de 11 a 20 anos é preocupante, indicando a necessidade de políticas públicas para renovação da frota, com foco em melhoria da eficiência e redução de impactos ambientais.
De maneira geral, caminhões mais antigos podem comprometer a segurança nas estradas e a eficiência no transporte de cargas. Portanto, compreende-se que o setor de transporte enfrenta desafios para renovar a frota devido aos altos custos de aquisição de veículos novos.”
Distribuição da frota – Segundo o Sindipeças, 82% dos veículos em circulação se concentram em dez estados da Federação. Nas cinco primeiras posições estão os estados das regiões Sudeste e Sul, sendo 28,4% em São Paulo; 14,8% em Minas Gerais; 7,4% no Paraná; 6,6% no Rio de Janeiro e 6,2% no Rio Grande do Sul. Esse grupo (Top 5) compreendeu 63,4% da frota existente em 2024, com destaque para a posição de São Paulo e Minas Gerais.
Da sexta à décima posição, excetuando-se Santa Catarina, estão unidades da Federação localizadas nas regiões Nordeste e Centro-Oeste: Santa Catarina, 5,4% do total; Bahia, 3,9%; Goiás, 3,4%; Distrito Federal, 3,0%; Pernambuco, 2,8%. Em 2024, esse grupo representou 18,5% da frota total do país, percentual bem inferior ao levantado para os cinco principais Estados.
Monitor Digital - RJ 07/05/2025
O número de instalações de infraestrutura de carregamento na China aumentou 47,6% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, à medida que o país expandiu ainda mais sua rede de infraestrutura de carregamento para veículos de nova energia, informou a Administração Nacional de Energia (ANE) da China.
O número acumulado de instalações de infraestrutura de carregamento em todo o país atingiu quase 13,75 milhões no final de março, disse Zhang Xing, funcionário da ANE, em uma recente coletiva de imprensa.
Esse número incluiu 3,9 milhões de pontos de carregamento públicos para veículos elétricos e 9,85 milhões de instalações de carregamento privadas, observou ele.
As rodovias agora têm 38 mil pontos de carregamento em 98% das áreas de serviço em todo o país, enquanto 13 regiões de nível provincial do país estenderam a cobertura a todas as vilas, elevando a taxa de penetração no nível das vilas para 76,91%.
Para reforçar a integração dos veículos elétricos com redes elétricas, a ANE, juntamente com outros departamentos, lançou programas-piloto para interação veículo-rede (V2G) em nove cidades, incluindo Shanghai, leste da China, e selecionou 30 projetos de carregamento bidirecional para validação, acrescentou Zhang.
CNN Brasil - SP 07/05/2025
O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por mais de 50% das unidades habitacionais contratadas no setor imobiliário em 2024.
A declaração foi realizada durante o evento em Brasília, nesta terça-feira (6), que anunciou a aquisição de parte da Agência iNFRA pelo grupo Esfera Brasil, do presidente-executivo da CNN, João Camargo.
“O Minha Casa, Minha Vida foi responsável no ano passado por mais de 50% de tudo aquilo que foi lançado no setor imobiliário no país. Batemos o primeiro recorde em 2023, quando alcançamos 492 mil unidades habitacionais contratadas”, afirmou.
“Chegamos em 605 mil unidades contratadas em 2024 e vamos superar 600 mil neste ano, podemos chegar a 700 mil.”
A meta é alcançar 3 milhões de unidades habitacionais contratadas pelo programa em quatro anos.
A Caixa Econômica Federal iniciou na última segunda-feira (5) a operação do crédito imobiliário da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida. A nova faixa é destinada às famílias de classe média, com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
“Além de oferecer esse crédito para a classe média, nós conseguimos diminuir a taxa de juros. A taxa de juros média dos bancos para a classe média é 12%. Estamos trazendo para 10%”, disse.
De acordo com o ministro, o programa tem impulsionado significativamente o setor da construção civil, que registrou um crescimento de 5,1% no Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, a economia brasileira cresceu 3,8%.
O financiamento habitacional permite a compra de imóveis de até R$ 500 mil. As famílias terão prazo de até 420 meses para quitar a compra. Segundo Jader Filho, a Faixa 4 deve ser mantida em 2026.
A taxa de juros é de 10,5% no crédito contratado, percentual inferior ao oferecido pelo mercado financeiro.
Segundo o governo federal, será permitido o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a operação de crédito.
Valor - SP 07/05/2025
Valor da cota condominial subiu menos do que a inflação; zona sul é a mais cara, na média
O processo de verticalização de São Paulo, influenciado pelo programa Minha Casa, Minha Vida e pelo plano diretor da cidade, fez com que o número de condomínios na capital paulista crescesse 35% em uma década. O município fechou 2024 com 31.147 condomínios, número 34,8% maior do que há dez anos. Desse total, 92% são residenciais. O restante é composto por comerciais e de uso misto. Os números são do levantamento Mapa dos Condomínios, feito pela administradora Lello com dados da Receita Federal.
Nessa década, o valor médio da cota condominial cresceu 32%, abaixo da inflação acumulada em torno de 62% no período. O valor médio pago pelo paulistano, em 2024, foi de R$ 983, ante R$ 746 em 2014. Se a cota tivesse sido corrigida pelo IPCA, ela estaria custando R$ 1.209,29.
“Isso (reajuste menor da cota) não significa que o morador de um mesmo condomínio há uma década teve reajuste de apenas cerca de 30% neste período”, ressalta Angélica Arbex, diretora de marketing e relacionamento da Lello Condomínios. Os novos condomínios construídos na cidade são maiores, em média, o que ajuda a “segurar” o encarecimento da cota.
Em 2014, o número médio de unidades nos condomínios era de 68. Em 2024, subiu para 75. Segundo Arbex, há influência do programa Minha Casa, Minha Vida e do plano diretor da cidade, aprovado em 2014. Houve incentivos para a construção de apartamentos com menos de 30 metros quadrados, por exemplo, o que aumenta o volume de unidades por projeto. “A verticalização da capital foi se moldando aos planos diretores e aos diferentes cenários políticos e econômicos do país”, afirma.
No ano passado, um condomínio com até 30 unidades tinha custo médio de cota de R$ 2.047. Esse valor caía para R$ 597,60 ao se considerar apenas os prédios com mais de 150 unidades
Caixa bilionária
Os 31 mil condomínios de São Paulo formam um volume de recursos que movimentam R$ 25 bilhões ao ano, calcula a Lello, comparável aos R$ 14 bilhões de uma década antes.
A zona sul da capital tem a maior concentração de condomínios, com 39% do total, seguida pela zona leste, com 23%. O Centro aparece na sequência com 16%. As zonas oeste e norte têm a menor participação, de 14% e 8% do total de condomínios, respectivamente.
É também na zona sul que está a maior média de preço da cota condominial, de R$ 1.198 por unidade, seguida pela zona oeste, com R$ 986. A zona leste tem o valor mais baixo, de R$ 701. A maior despesa de um condomínio paulistano é com o pagamento de pessoal, mostra a Lello: 48% do valor arrecadado com as cotas vai para os salários dos funcionários.
A segunda maior despesa são as contas com concessionárias, como água, energia e gás, com 21% do total. Outros 17% são gastos com conservação e manutenção e 10% com seguros e despesas administrativas. Em média, 4% do valor das cotas vai para o fundo de reserva dos prédios.
A Tribuna - SP 07/05/2025
A Baixada Santista e o restante do Litoral Sul de São Paulo são cortados por uma linha férrea de via única, que no passado ligava Santos à cidade de Cajati, no Vale do Ribeira. Construída em bitola métrica, essa ferrovia operou com transporte de passageiros até 2002, atravessando diversos municípios da Baixada Santista. Atualmente, há proposta em andamento para reativar o serviço ferroviário de passageiros, com um plano de negócios previsto para ser desenvolvido até 2028.
Entre as etapas previstas está a realização de um levantamento aerofotogramétrico da área — método de mapeamento da superfície terrestre por meio de fotografias aéreas. A linha férrea, em sua totalidade, possui 161,5 km de extensão. A responsabilidade pelos estudos será da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que incluiu em seu plano de negócios a meta de ‘desenvolver o projeto da conexão regional entre a Baixada Santista e Cajati até 2028’.
Embora a operadora mencione uma conexão regional, ainda não há definição sobre o modelo de transporte a ser adotado: se serão trens convencionais, como os que já operaram entre São Paulo e Campinas, ou se a demanda projetada indicará o uso de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT).
A possibilidade de adoção de trens leves pela CPTM não é recente. A companhia já considerou esse tipo de modal em propostas anteriores, como a extinta Linha 14, além da planejada Linha 24 – Quartzo, que deve ligar as regiões do Campo Limpo e Alphaville, na capital paulista.
Trem Intercidades
O Trem Intercidades (TIC), que conectará a cidade de São Paulo à Baixada Santista, terá um investimento estimado de até R$ 15 bilhões e fará o trajeto em até 1h30. As informações foram compartilhadas pela Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI), que revelou três possíveis trajetos para o litoral de São Paulo.
Segundo a Secretaria Estadual de Parcerias e Investimentos (SPI), o projeto foi aprovado em junho de 2024 pela pasta, mas ainda precisa passar por fases de análise, audiência pública, elaboração de edital, leilão e assinatura de contrato, antes de ser realmente colocado em prática.
O trajeto pode variar entre 80 e 130 quilômetros de extensão e ter duração de 90 minutos, beneficiando nove municípios e 1,8 milhão de pessoas. Além de impactar diretamente no ‘alívio’ do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).
Agrolink - RS 07/05/2025
Os embarques de soja da safra 2024/2025 pelo Maranhão já começaram e devem seguir até o segundo semestre, informou a edição de abril do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Desde fevereiro, o escoamento ocorre principalmente pela Ferrovia Norte-Sul, no corredor logístico Norte, operado pela empresa VLI, que conecta o terminal logístico de Porto Franco (MA) ao terminal portuário de São Luís.
“A exportação ocorre via sistema multimodal da VLI, integrando ferrovias, portos e terminais, com destaque para os volumes oriundos de Tocantins, Piauí e Maranhão”, destacou a Conab no boletim. O órgão apontou crescimento na produção da safra 2024/2025, o que deve aumentar a movimentação logística, especialmente de soja e milho.
A Conab alertou que a movimentação de milho no Maranhão precisará ser reavaliada por causa da atuação da Inpasa, biorrefinaria instalada em Balsas. A unidade tem capacidade de processar 1 milhão de toneladas de cereais por ano para produção de etanol, DDGS, óleo vegetal e energia elétrica. “A atuação da Inpasa deve reajustar a oferta de milho em grãos para o mercado interno e pode impactar os volumes destinados à exportação pelo Terminal Graneleiro, no Porto do Itaqui”, afirmou o boletim.
A Conab indicou que a demanda da Inpasa já afeta o mercado regional. “O preço da saca de 60 quilos já alcançou R$ 103 na zona produtora de Nova Colinas, próxima a Balsas, reflexo da atuação da equipe de compras da empresa”, apontou o boletim.
Com parte do milho sendo absorvida pela indústria local, a Conab registrou queda no frete de grãos no último mês, variando entre 10% e 13%. “O preço médio do frete de Balsas para São Luís está em torno de R$ 230 por tonelada”, informou.
O boletim também destacou o desempenho do Porto do Itaqui, que registrou o maior volume de movimentação para o mês de março em sua história. Foram movimentadas 3,293 milhões de toneladas, 9,3% acima do previsto e 14% superiores ao mesmo mês do ano anterior. “Os granéis sólidos totalizaram 2,357 milhões de toneladas, com a soja representando 1,918 milhão de toneladas, reafirmando a liderança do grão na exportação”, concluiu a Conab.
Agência Camara - DF 07/05/2025
O secretário nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, assegurou nesta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados, a realização das obras no trecho fluminense da Ferrovia Vitória-Rio (EF-118).
Pelo projeto em análise, essa ferrovia terá 575 km. Desse total, cerca de 80 km deverão ser incorporados à Estrada de Ferro Vitória-Minas, em contrapartida à renovação antecipada da concessão hoje administrada pela mineradora Vale.
O leilão para concessão do trecho restante está previsto para o final deste ano e deverá prever a construção de 170 km de Anchieta (ES) ao porto do Açu (RJ) e a requalificação de 325 km do porto até Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense.
“Assim que houver a entrada do concessionário, automaticamente ele já ficará obrigado a executar o projeto básico do trecho sul, para que a obra aconteça”, afirmou Leonardo Ribeiro. “Antes não havia essa regra”, esclareceu o secretário.
“Os investimentos vão acontecer, e o governo terá fôlego para fazer essa ferrovia no Rio de Janeiro”, afirmou Leonardo Ribeiro. Segundo ele, em breve a proposta será enviada para análise prévia do Tribunal de Contas da União (TCU).
As declarações do secretário surgiram em resposta às cobranças dos deputados Laura Carneiro (PSD-RJ), Dimas Gadelha (PT-RJ), Hugo Leal (PSD-RJ), Julio Lopes (PP-RJ), Leônidas Cristino (PDT-CE) e Ricardo Abrão (União-RJ).
Segundo Laura Carneiro, a falta de prazos definidos na EF-118 causa apreensão na bancada. “Temos um presidente [Lula] que investe no Rio, então é o momento, ou aproveitamos agora ou sabe Deus o que acontecerá em alguns anos”, disse.
Baixada Fluminense
A audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara foi proposta pelo deputado Bebeto (PP-RJ) para avaliar projetos de revitalização das ferrovias na Baixada Fluminense a cargo da MRS Logística, atual concessionária na região.
São várias as obras em andamento, entre elas uma ciclovia paralela à linha férrea e alguns viadutos. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o cronograma está sendo cumprido, e as obras devem ser concluídas até 2030.
Atualmente, segundo Bebeto, a falta de manutenção das ferrovias prejudica a qualidade de vida na região, de alta densidade populacional. No agregado, é a segunda área mais populosa no estado do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital.
A Baixada Fluminense é formada por 13 municípios. Em 2024, abrigava, no total, mais de 3,8 milhões de habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a cidade do Rio reunia mais de 6,7 milhões de habitantes.
“As obras vão ajudar demais a região, que é carente, precisa de investimentos, da ciclovia, dos viadutos”, destacou o prefeito Dudu Reina (PP), de Nova Iguaçu, a segunda cidade com mais moradores na Baixada Fluminense (843 mil em 2024).
Representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e da Prefeitura de Queimados (RJ) também participaram da audiência pública.
A Tribuna - SP 07/05/2025
O Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Fundação Valenciaport está em fase final de assinaturas. O objetivo da parceria, firmada em abril, é tornar o Porto de Santos mais moderno, eficiente e sustentável, encontrando soluções para desafios como, por exemplo, a descarbonização e a transição energética nas operações portuárias.
Segundo a APS, a parceria estabelece uma base contínua de colaboração técnica em áreas estratégicas como inovação, sustentabilidade, infraestrutura portuária, tecnologia, logística, capacitação e modernização institucional, bem como apoio ao desenvolvimento de estudos, projetos e programas conjuntos visando o fortalecimento do setor portuário no mercado doméstico e internacional.
Na prática, uma das iniciativas será aproximar startups ligadas ao ecossistema de inovação do Porto e as iniciativas apoiadas pela Valenciaport, fomentando a troca de soluções tecnológicas e experiências bem-sucedidas na gestão.
A APS informou que já apoia empresas de tecnologia com atuação em áreas como monitoramento de tráfego de embarcações, logística e meio ambiente, além de desenvolver 16 projetos por meio de seu programa de bolsas de pesquisa aplicada.
De acordo com a estatal portuária, o convênio também favorece a promoção de ações conjuntas entre empresas, universidades e centros de pesquisa, incentivando a integração do conhecimento técnico-científico ao ambiente portuário. Está prevista, ainda, a possibilidade de intercâmbios acadêmicos e técnicos que aproximem os profissionais da APS dos programas e especialistas da Fundação Valenciaport.
O ACT contempla, ainda, o estímulo à atuação interdisciplinar e multissetorial, permitindo que diferentes áreas técnicas das instituições envolvidas contribuam com soluções inovadoras para o setor portuário.
Portos e Navios - SP 07/05/2025
O ministro de portos e aeroportos, Silvio Costa Filho, esteve no município de Luís Correia (PI), na última segunda-feira (5), para participar da entrega do primeiro cais do Porto do Piauí. Com 150 metros de extensão e estrutura multipropósito, o cais está pronto para as primeiras operações portuárias, com capacidade para atracar embarcações de até 50 toneladas. A obra recebeu investimento de R$ 32,8 milhões e inclui 16 cabeços de amarração e 31 defensas marítimas.
Durante a visita, o ministro ressaltou o impacto direto da obra para o escoamento da produção, geração de empregos e movimentação econômica do estado e da região. Ao lado do governador Rafael Fonteles, afirmou que o porto já nasce com planos de expansão. A próxima etapa será o aprofundamento do canal para 14 metros e a construção de sete berços para receber navios do tipo Panamax, com capacidade superior a 100 mil toneladas.
Também foi entregue a sede administrativa do porto, que já está em operação. O prédio, que recebeu cerca de R$ 19,7 milhões em investimentos, abriga profissionais especializados e tem como proposta aproximar a gestão portuária da comunidade e dos comerciantes locais.
Ainda em Luís Correia, Costa Filho assinou o convênio que transfere ao governo estadual a responsabilidade sobre a Hidrovia do Parnaíba. A delegação permite ao Piauí explorar e administrar os serviços da via navegável, incluindo os atracadouros localizados entre os estados do Piauí e do Maranhão. Esta é a primeira vez que um estado assume essa função no país.
Para o ministro, a hidrovia vai ampliar o acesso do Piauí ao comércio exterior, por meio da integração com o porto e com outros modais de transporte. O secretário nacional de hidrovias, Dino Antunes, destacou o potencial do projeto para facilitar o transporte de cargas na região do Matopiba, que reúne áreas produtivas de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
A Tribuna - SP 07/05/2025
Alguns dos portos mais importantes dos Estados Unidos já vêm sentindo os efeitos do tarifaço anunciado há pouco mais de um mês pelo presidente Donald Trump.
Em Los Angeles, o complexo local recebeu 35% menos cargas ao longo da semana passada, em comparação ao mesmo período de 2024, segundo o diretor do porto, Gene Seroka, em entrevista à Agência France-Presse.
Já no Porto de Long Beach, a estimativa é que haja uma queda de 30% nas importações ao longo de maio devido ao cancelamento de viagens de navios que deveriam sair da China rumo aos EUA.
A China é o país mais atingido pelo tarifaço de Trump, com taxas cumulativas que chegam a 145% sobre as importações, em uma escalada da guerra comercial sem prazo para acabar.
“Many retailers and manufacturers hit the pause button, stopping all shipments from China. (After the tariff increase) The cost of a product manufactured in China is now two and a half times more expensive,” said Seroka to France-Presse.
Atualmente, 45% do portfólio do Porto de Los Angeles tem como origem as transações comerciais entre chineses e norte-americanos.
Devido ao tarifaço, houve uma corrida contra o tempo em março e no início de abril e os portos dos EUA receberam um volume significativo de cargas com origem da China. Contudo, todos os produtos carregados a partir de 9 de abril passaram a sofrer a taxação de 145%.
Infomoney - SP 07/05/2025
A Petrobras está procurando atrair investimentos estrangeiros para impulsionar estaleiros brasileiros, disse a presidente da petroleira, Magda Chambriard, nesta terça-feira, durante um evento em Houston.
A Petrobras está procurando “empresas fortes” para fazer parcerias com estaleiros locais para construir mais navios localmente, disse Chambriard, que recentemente visitou a China e discutiu o assunto com autoridades e empresas do governo local.
Petro Notícias - SP 07/05/2025
A Margem Equatorial não sai da cabeça da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, apesar de todo o esforço dos ambientalistas que incentivam a Ministra Marina Silva e o os técnicos do Ibama ainda insistem em proibir a exploração da região. A dirigente da petroleira tem aliados políticas, como o presidente do senado David Alcolumbre e o senador Randolphe Rodrigues, ambos do Amapá e ainda o governador do Estado Clécio Luís Vilhena Vieira (foto à direita), que está presente aqui em Houston. Ela afirmou que a Petrobrás planeja desbravar novas fronteiras na costa brasileira, em um esforço para repor as reservas de petróleo, mas ressaltou que a empresa também está buscando outros destinos.
Os olhos da presidente da empresa parecem funcionar como uma câmera 360 graus. No impedimento da exploração da Margem Equatorial, o foco se volta para a Índia e para a África Ocidental. Além da Colômbia. Recentemente, a Petrobrás encontrou mais de 6 trilhões de pés cúbicos de gás com a descoberta de Sirius em lâmina d’água de 830 metros, na Bacia Offshore de Guajira, no Mar do Caribe Colombiano. A empresa tem um plano em andamento para iniciar a produção de Sirius até o final da década por meio de uma solução submarina para a costa, com linhas de produção conectadas à costa. “Estamos perfurando mais profundamente na Colômbia, a profundidades onde nenhuma empresa jamais foi.”
Time de palestrantes no Brazil Meeting
A presidente-executiva da Petrobrás, Magda Chambriard, que também participou do Brazil Meeting, um evento para brasileiros aqui em Houston, afirmou que a estatal brasileira está comprometida com a transição energética e pretende atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050. Chambriard enfatizou que, embora a Petrobrás esteja focada em aumentar sua produção de petróleo e gás no Brasil, a empresa também está diversificando suas operações para negócios de baixo carbono e energia renovável. Em uma frase de efeito, que fez a plateia rir e aplaudir, ela disse “Prefiro moléculas a elétrons. De longe! É impossível pensar em uma mudança de rumo para longe dos combustíveis fósseis nos próximos dez anos”.
Petro Notícias - SP 07/05/2025
Um novo estudo do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (Ineep) defende que os blocos da Margem Equatorial Brasileira sejam enquadrados no modelo de partilha. Para lembrar, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou recentemente que novas áreas da Margem Equatorial serão licitadas no próximo ciclo da Oferta Permanente do regime de concessão, que ocorrerá em 17 de junho.
O Ineep sugere que os 65 blocos de águas profundas e ultraprofundas daquela região sejam retirados do leilão. A entidade lembra que no regime de concessão, já adotado em diferentes contratos vigentes no Brasil, a empresa vencedora do leilão é a proprietária do petróleo e gás produzidos. No modelo de partilha, como ocorre para acordos feitos para o pré-sal da Bacia de Santos, o Estado é proprietário de uma parcela da produção.
O estudo afirma que as atividades de exploração e produção de petróleo e gás na Marquem Equatorial, que se estende do litoral do estado do Rio Grande do Norte ao do Amapá, devem garantir a soberania energética do país e serem articuladas a um projeto de desenvolvimento nacional. O instituto recomenda também a retomada da exclusividade da Petrobrás da responsabilidade de condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção na área da Margem Equatorial.
O trabalho foi realizado pelos diretores técnicos do Instituto, Ticiana Alvares, mestre em Economia Política Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mahatma Ramos dos Santos, mestre em Sociologia e Antropologia pela UFRJ; pelo pesquisador Francismar Ferreira, doutor em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); e pela pesquisadora Maria Clara Arouca, mestre em População, Território e Estatísticas Públicas pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE).
É o primeiro de uma série que tem por objetivo apontar desafios e sugestões para questões estratégicas nacionais no setor energético. Para os pesquisadores, o debate sobre a Margem Equatorial Brasileira “não pode se limitar à dicotomia entre meio ambiente e desenvolvimento, tampouco deve ser dissociado do contexto das mudanças climáticas e suas implicações geopolíticas, bem como das questões relacionadas à segurança e à soberania energética.”
TN Petróleo - RJ 07/05/2025
O Diretor de Administração, Finanças e Comercialização da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), Samir Awad, anunciou durante palestra no Pavilhão Brasil da OTC Houston, nesta terça-feira (6), a revisão dos volumes a serem ofertados no 5º Leilão de Petróleo da União. O número passou de 75,5 milhões de barris de petróleo, divulgado inicialmente no lançamento do pré-edital, para 78,5 milhões de barris.
Segundo Awad, a mudança deve-se principalmente a uma maior disponibilidade de cargas no campo de Mero. O leilão será realizado no dia 26 de junho na B3, em São Paulo. O leilão será dividido em oito lotes e oferecerá cargas da produção da União nos contratos de partilha de produção dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Bacalhau, com embarques programados ao longo dos próximos dois anos.
O edital do leilão será divulgado no site da PPSA até o dia 16 de maio, considerando a nova tabela de volumes. As respostas às manifestações ao pré-edital enviadas para a Comissão do Leilão também estão disponíveis no site da empresa.
Ainda durante a programação técnica da OTC Houston, na segunda (5), a Diretora Técnica da PPSA, Tabita Loureiro, participou como debatedora no painel “Setting theScene in Brazil: An Anticipation of What Is Coming”. Tabita disse que além do leilão de petróleo, a PPSA poderá realizar outros dois leilões este ano: o 1º Leilão de Gás da União e um leilão para comercializar toda a curva de produção de petróleo de direito da União nas áreas não contratadas de Mero, Atapu e Tupi — atualmente parte de jazidas unitizadas.
“Estamos trabalhando para realizar todos os leilões este ano. A formatação do leilão de áreas não contratadas está sendo construída pelo governo, enquanto o leilão de gás depende da conclusão das negociações com a Petrobras para acesso ao sistema de escoamento”, explicou.
No painel, que contou com a participação de Francisco Francilmar (PRIO), Idarilho Nascimento (ABIMAQ), Maurício Almeida (Sinaval), Renata Baruzzi (Petrobras) e moderação de Carlos Mastrangelo(Brava Energia), foram debatidos os principais desafios e oportunidades para o setor de óleo e gás no Brasil nos próximos anos.
A OTC segue até 8 de maio, com ampla programação técnica. A PPSA tem participação institucional no Pavilhão Brasil, reforçando seu papel estratégico na gestão dos contratos de partilha e na comercialização do petróleo e gás da União.
Serviço:
Confira mais informações sobre o 5º Leilão de Petróleo da União em: www.presalpetroleo.gov.br/5o-leilao
Data: 26 de junho de 2025
Local: B3, São Paulo
Volumes comercializados: 78,5 milhões de barris de petróleo da União dos campos de Mero, Búzios, Itapu, Sépia e Bacalhau.
Confira aqui o Portfólio da Produção da PPSA/União.
CNN Brasil - SP 07/05/2025
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, descartou que a flutuação da taxa básica de juros interfira na atratividade das concessões rodoviárias que vem sendo promovidas pelo governo federal.
“Em um projeto de infraestrutura, não importa a flutuação da taxa de juros. O Brasil sempre conviveu ao longo de sua história com taxas que sobem, baixam. A gente conseguiu viver muito bem assim”, disse no evento em Brasília que anunciou a aquisição de parte da Agência iNFRA pelo grupo Esfera Brasil, do presidente-executivo da CNN, João Camargo.
Há uma expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faça um ajuste de menor magnitude na taxa básica de juros na próxima quarta-feira (7). Na reunião de março, o colegiado subiu a Selic para 14,25%.
O secretário também destacou a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como fator importante para tornar os leilões mais atrativos. Na avaliação de Santoro, o banco tem ajudado a ancorar as expectativas do mercado.
Rota da Celulose
Santoro citou que a Rota da Celulose — que abrange as rodovias federais BR-262 e BR-267, além das estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 — já recebeu quatro ofertas. O leilão será realizado na próxima quinta-feira (8) na sede da B3, em São Paulo.
Entregaram propostas os fundos de investimentos BTG e XP, um consórcio formado por Kinea e Way e a K-Infra, segundo apurou a CNN. A vencedora irá administrar uma extensão de 870,3 quilômetros, por um período de 30 anos.
Os trechos já haviam ido a leilão no final do ano passado, mas não receberam propostas. Para atrair investidores, a modelagem do certame foi revista.
“Essas mudanças que foram feitas fazem com que os processos tenham segurança jurídica”, disse no evento.
Os governos federal e do Mato Grosso do Sul realizaram um ajuste no cronograma de operação, ampliando os prazos para a conclusão das obras essenciais. Com isso, deverão ser finalizadas entre o 6º e o 8º ano do contrato.
A concessão prevê R$ 10,1 bilhões em investimentos para modernizar a infraestrutura dos trechos leiloados. As rodovias são relevantes para o escoamento da produção no Centro-Oeste.
Além disso, o certame estabelece que a construção do contorno do município de Três Lagoas ficará sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O trecho será incorporado à concessão após a conclusão das obras, prevista para o 4º ano do contrato.
Globo Online - RJ 07/05/2025
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos e a guerra comercial travada pelo presidente americano, Donald Trump, com a China pode beneficiar o agronegócio brasileiro.
A declaração de Alckmin aconteceu durante participação em almoço com representantes da Frente Parlamentar Empresarial (FPE), em Brasília. O vice-presidente destacou a relação comercial do agronegócio brasileiro com a China.
— Aliás, esse aumento tarifário vai beneficiar a agricultura. Temos um agro muito exportador, muito forte, competitivo, ele ajuda o agronegócio. E nós precisamos estar atentos na indústria, porque quando pegamos a balança comercial brasileira, que é superavitária, o maior parceiro comercial do Brasil é a China.
O ministro da Indústria chamou atenção para o fato de que a maior parte da exportação brasileira com os Estados Unidos é relacionada a produtos de valores agregados.
— Para os EUA exportamos muito valor agregado, avião, autopeças, máquina escavadeira, produto de valor agregado, então é importante essa relação com os EUA, que é onde temos procurado atuar — disse Alckmin.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou seu tarifaço no mês passado, o que desencadeou uma escalada retaliatória com a China.
Trump começou a elevar as tarifas de importação em fevereiro, poucos dias após sua posse, com foco principalmente na China. Em abril, anunciou as chamadas tarifas recíprocas e criou uma taxa universal de 10%, que ele suspenderia depois por 90 dias. A exceção foram os produtos chineses, que ainda são tributados em até 145%.
O Brasil ficou no grupo dos países menos afetados, com a taxa básica imposta de 10%.
— Dos 10 produtos que eles (EUA) mais exportam para nós, 8 tem tarifa é zero, não pagam imposto de importação, é zero,. Quando a gente pega o total de exportações dos EUA para o Brasil, a tarifa média é baixa, de 2,7%. Por isso que quando foi anunciada as tarifas o Brasil ficou no grupo das menores tarifas, ficamos nos 10% — disse Alckmin nesta terça.